(do blog do Suetoni, no Jornal da Paraíba)
Apesar da posição majoritária pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) assumida pelo seu partido, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse nesta sexta-feira (1º) que não haverá qualquer punição para o governador Ricardo Coutinho caso ele mantenha suas críticas ao processo de impedimento da gestora petista. Dizendo respeitar muito as posições do governador, o dirigente nacional disse que a história mostrará quem está com a razão e defendeu a saída de Dilma do poder como o caminho mais correto para o momento atual de crise ética, política e econômica.
No ato pró-Dilma, nesta quinta-feira (31), Ricardo Coutinho chamou o impeachment de ato golpista e disse que o Congresso Nacional não resistiria a um debate sobre corrupção, em clara alusão ao fato de a maioria dos congressistas responderem a processo por suposta prática de corrupção. Nesta sexta-feira surgiram boatos de que o partido teria dado um ultimato ao gestor. Caso o governador não revisse suas posições até o dia 10 deste mês, ele seria expulso da legenda. O que Carlos Siqueira nega, lembrando, inclusive, que o governador não vota na eleição que definirá sobre o afastamento de Dilma.
Siqueira assegura que, majoritariamente, a bancada socialista na Câmara vota favoravelmente ao impeachment da presidente. A Paraíba, ele lembra, não tem deputados federais do PSB e, por isso, a posição contrária de Ricardo Coutinho não tem capacidade de influenciar o voto de ninguém. Apesar de claramente favorável ao impedimento, Siqueira se apressa em dizer que o melhor caminho, na opinião dele, seria a realização de novas eleições, já que a opção de poder atualmente é Michel Temer (PMDB), que teria o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como o primeiro na linha de sucessão.
Ou seja, se ficar o bicho pega, se correr…