(Jozivan Antero, no Patos Online)
Uma das obras estruturantes na área de saúde mais esperadas por todo o sertão paraibano, principalmente para os que necessitam de tratamento do câncer, encontra-se com o prédio concluído, porém sem funcionamento na cidade de Patos.
Conhecido por Hospital de Oncologia, a Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACOM), localizado na Rua 5 de Agosto, na área que compreende complexo do Hospital Regional de Patos, Bairro Belo Horizonte, se transformou em um “Elefante Branco”.
A obra que deveria ser entregue em 2014 ainda é aguardada com ansiedade por centenas de pessoas que são acometidas pelo câncer, mas que, no entanto, têm que se deslocar das mais distantes cidades sertanejas em busca de tratamento em Campina e João Pessoa.
A cidade de Patos já dispõe de equipes de profissionais da área de saúde realizando treinamento no aguardo da abertura do Hospital de Oncologia, entretanto, dependem, exclusivamente, de ações governamentais para garantir o funcionamento do hospital. Nesta sexta-feira, dia 08, vários enfermeiros participam de aperfeiçoamento no Centro de Treinamento da Igreja Santo Antônio, Bairro Santo Antônio, no aguardo para prestar serviços quando o Hospital de Oncologia começar a funcionar.
O Governador Ricardo Coutinho (PSB) relatou que a conclusão total e o funcionamento da UNCOM dependem de incentivos do Ministério da Saúde. De acordo com o Governador, os cortes no orçamento da saúde e a crise instalada no país prejudicaram os planos de concluir o primeiro Hospital de Oncologia do sertão paraibano. Ricardo Coutinho é um dos defensores do retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) com a alegação que o dinheiro será utilizado na saúde.
Comentário do programa – O pior de tudo é que mesmo que seja posto em funcionamento, o Centro de Oncologia pode ser uma decepção, diante da expectativa que se criou com a sua construção. Vendido como um Hospital de Oncologia, não tem em sua estrutura dependências para internação de pacientes, além de ficar dependendo das instalações do Hospital Regional de Patos, para eventuais cirurgias, já que não tem centro cirúrgico. Da mesma maneira, não dispõe de UTI, o que talvez inviabilize a realização de cirurgias, já que o Hospital Regional não tem na sua UTI capacidade para acolher os pacientes submetidos às cirurgias de tumores. Por outro lado, o Centro de Oncologia não dispõe na sua estrutura atual de instalações e equipamentos para realização de radioterapias. Em consequência, talvez só possa proporcionar tratamento por quimioterapia, obrigando a quem precisa de radioterapias a continuar se deslocando para Campina Grande ou João Pessoa. (LGLM)