Administração municipal continua a afrontar a Câmara Municipal com novo pedido de urgência/urgentíssima. A tramitação sob regime de urgência/urgentíssima que permite que o projeto seja submetido diretamente ao plenário sem passar pelo exame das comissões, tem a intenção de agilizar a tramitação de projetos que sejam revestidos de efetiva urgência. Infelizmente continua sendo utilizada pela administração municipal quando querem atender a interesses particulares. A administração, por exemplo, não atendeu com agilidade na concessão de alvará para a construção do shopping do grupo do Armazém Paraíba, obrigando o grupo a recorrer à Justiça para que o alvará fosse concedido. Agora querem que tramite com urgência um projeto que vai desafetar algumas ruas, para que um terreno que está sedo adquirido pelo Carrefour seja utilizado sem que esteja dividido por ruas. Alega-se com o interesse de agilizar a construção do atavarejo do grupo Carrefour. Por que o mesmo tratamento não foi dado ao grupo do Armazém Paraíba que vai criar mais oportunidades de emprego do que o Atacadão do Carrefour? Não se pode perder de vista, o episódio do terreno doado às pressas para um grupo de São Bento na Alça Sudeste, terreno que nunca foi utilizado e cuja doação só trouxe lucro para o deputado Hugo Motta que foi muito bem votado em São Bento. Os vereadores têm toda razão é indeferir a urgência/urgentíssima. Pode-se até agilizar até a tramitação do projeto, mas sem abrir mão do cuidado com que se deve tratar o patrimônio público. Uma semana, por exemplo, de demora, não vai inviabilizar a construção do empreendimento, mas vai permitir aos vereadores examinar o projeto com mais atenção.