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O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, disse nesta sexta-feira (10) que o objetivo do governo federal é dar funcionalidade ao Projeto de Integração do Rio São Francisco e fazer a água chegar o quanto antes às torneiras das casas e às plantações de quem quer produzir, beneficiando 12 milhões de brasileiros da região do semiárido nordestino. Durante sua primeira visita às obras do São Francisco, nos estados do Ceará e Paraíba, o ministro voltou a afirmar que as obras físicas do Projeto serão entregues em dezembro e a partir de então os reservatórios serão gradativamente enchidos, enquanto obras complementares, em parceria com os estados, serão executadas, fazendo chegar água à população. Helder visita neste sábado (11) o túnel Engenheiro Giancarlo de Lins Cavalcanti, em Monteiro, no Cariri paraibano.
“Determinamos às construtoras que ampliem ao máximo a capacidade de execução das obras para que cumpramos o prazo dado pelo presidente Michel Temer”, frisou o ministro. Helder Barbalho lembrou que, na média, essa ampliação de produtividade será de 42%.
O ministro reconheceu que o governo vem fazendo repasses aos estados muito aquém do necessário para a execução das obras complementares. “Nossa intenção é ampliar isso”, afirmou, destacando já ter levado aos governos estaduais a necessidade de apresentação de um plano de ações para garantir o desembolso de recursos. “Contudo, é preciso que esse plano apresente funcionalidade para que as cidades, o mais rapidamente possível, sejam abastecidas e a população seja atendida”.
Helder Barbalho também admitiu haver estudos para a interligação das bacias do São Francisco e do Araguaia-Tocantins visando a abastecer os canais o Projeto de Integração.
Vistoria
A agenda de inspeção às obras, nesta sexta-feira (10), incluiu pontos estratégicos do Eixo Norte do Projeto: o túnel Cuncas 1, em São José de Piranhas (PB); a barragem de Jati, no município cearense de mesmo nome; e a primeira estação de bombeamento (EBI-1), em Cabrobó (PE). O ministro também sobrevoou os 260 quilômetros do eixo e conheceu de perto como vivem as 120 famílias reassentadas na vila produtiva rural Cacaré, em São José de Piranhas.
Neste sábado, a comitiva seguia para o Eixo Leste, que tem 217 quilômetros de extensão e, quando concluído, levará água aos estados de Pernambuco e Paraíba. Campina Grande, por exemplo, será uma das cidades beneficiadas.
O primeiro ponto de visita será o túnel Engenheiro Giancarlo de Lins Cavalcanti, em Monteiro (PB). Após sobrevoar todo o eixo, o grupo inspeciona as atividades de duas estações de bombeamento (EBV-1 e 3), ambas em Floresta (PE). O ministro também realiza uma visita técnica à barragem Areias e ao canal de aproximação, situados no mesmo município. A agenda será finalizada com um sobrevoo ao Canal do Sertão Alagoano, empreendimento executado pelo governo de Alagoas com investimentos federais.
(Jornal da Paraíba)
Comentário do programa – O Ministro está enganado ou quer enganar os nordestinos. A água da Transposição vai servir antes de tudo para o consumo humano. Só indiretamente é que a água da transposição servirá para a irrigação. Muitos reservatórios utilizados para suprir o consumo humano poderão ser liberados para a irrigação, uma vez garantidos os suprimentos para consumo humano através da Transposição. A água da Transposição é insuficiente para a demanda da irrigação do Nordeste. A partir do momento em que fosse utilizada para a irrigação iria ameaçar a sua finalidade primordial que é o abastecimento das cidades. (LGLM)