(Veja comentário no final)
O diretor da 4ª Circunscrição Regional de Trânsito (4ª CIRETRAN), Washington Queiroz, concedeu entrevista na tarde desta segunda-feira, dia 27, para relatar o mal-estar causado pela Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STtrans) entre os órgãos de trânsito e as demais entidades envolvidas na simulação de acidente automobilístico ocorrido no último dia 20 de junho de 2016 no centro de Patos.
De acordo com Washington, a ação contou com a participação do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), com a 4ª Companhia de Policiamento de Trânsito (4ª CPTRAN), com o 4º Batalhão do Bombeiro Militar (4º BBM), além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da própria STtrans, no entanto, a STtrans publicitou como sendo do órgão a realização da simulação, fato esse que gerou descontentamento dos demais envolvidos.
A simulação de acidente de trânsito envolveu atores e dublês vindos de João Pessoa. O ato aconteceu na Rua Epitácio Pessoa, Centro de Patos, e chamou a atenção para os riscos da mistura álcool direção. A cena envolvendo carro e moto deixou o público presente em alerta diante do realismo da ação. Estranhamente, um dia após o episódio de sucesso e parceria das entidades, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Patos destacou como sendo uma realização da sua autarquia de trânsito, ou seja, a STtrans.
Para Washington Queiroz, a atitude da STtrans foi tão repudiada pelos demais envolvidos, que as entidades não pretendem realizar nenhuma parceria até que a gestão do órgão seja modificada.
“O mal-estar de fato aconteceu e hoje digo que a PRF, A CPTRAN e o DETRAN não fazem mais parceria até essa gestão estar a frente da STtrans”, disse Washington.
(Jozivan Antero – Patosonline.com)
Comentário do programa – Não tenho elementos para analisar objetivamente o caso específico. Mas este tipo de problema muitas vezes é provocado pelas próprias assessorias de imprensa, mais preocupadas em agradar a quem lhes garante o salário do que a realmente informar. É aquela confusão entre assessor e “puxa-saco”, de que falava Virgílio Trindade. É comum, mais da metade da notícia estar redigida para “puxação de saco”, quando a simples notícia dando informações objetivas já seria uma grande propaganda. Há casos, entretanto, em que os próprios dirigentes querem puxar o tapete uns dos outros, sonegando as informações sobre a participação dos concorrentes, para aparecerem como o “pai da matéria”. Há até casos de umas autoridades boicotarem outras por picuinhas entre eles, de que se deu notícia esta semana, com relação a recente operação do MPF aqui em Patos, quando segundo os comentários setores da Polícia Federal teriam divergido dos procuradores. (LGLM).