Em entrevista concedida à imprensa sobre a operação ontem realizada em Patos, com recolhimento de documentos na Prefeitura de Patos e tomada de depoimentos de pessoas ligadas à administração municipal e a empresa contratada para a realização das festas de São João, o procurador João Raphael nada acrescentou ao que já fora informado na Nota distribuída com a imprensa no início da manhã.
A operação foi de iniciativa do Ministério Público Federal local, com autorização do Juiz da 14a. Vara Federal sediada em Patos. Não havia, como deixou claro o procurador nenhuma ordem de prisão pois a operação não tinha ainda interesse penal, visando tão somente aprofundar as investigações em torno de indícios colhidos de forma fortuita durante a realização da Operação Desumanidade, tendo o Dr. João Raphael deixado claro que visava apurar irregularidades ligadas às licitações para a realização por empresa privada das três últimas edições do São João de Patos, sem ligação direta com os fatos visados pela Operação Desumanidade.
Para quem minimize a importância da Operação por ter sido uma iniciativa local, lembramos que as autoridades locais conhecem muito mais de perto a realidade local do que autoridades vindas de fora, o que pode tornar a Operação muito mais produtiva em termos de resultados. O fato de a operação ter um caráter não penal não diminui também a sua importância, pois uma vez apurado qualquer indício de ilícito penal, a ação judicial que dela derive se tornará de caráter penal, podendo implicar na prisão de alguém a quem se atribua crime de qualquer natureza.