(Veja comentário no final)
O leilão para “levar” o PMDB da capital já começou há algum tempo, mas, hoje, o maior impedimento para qualquer “negociação” saiu de cena: Manoel Júnior desistiu de ser candidato a prefeito de JP. Segundo ele, entre os motivos, está a falta de dinheiro.
O deputado federal já disse para onde vai e onde quer que seu grupo esteja: ao lado de Luciano Cartaxo (PSD). Mas a decisão dele, presidente da Executiva Municipal, não significa que o partido estará lá por inteiro.
É que partidários do “escalão” estadual (Roberto Paulino, Raimundo Lira, Veneziano) já disseram que querem o PMDB com Cida Ramos (PSB), com Ricardo Coutinho. Na verdade, não é por amor a Cida ou ao governador, estão pensando no impacto que a decisão de João Pessoa pode gerar nas cidades do interior. Principalmente em Campina Grande, Guarabira e Patos.
Em Campina, Adriano Galdino (PSB) virou “rival” de Veneziano Vital (PMDB) por causa da manutenção da candidatura própria do PMDB em JP. Ricardo esperava a “via de mão dupla”. Em Guarabira, o PSB se vitaminou, ganhou entusiaSmo quando percebeu que a aliança não seria mais provável, após o distanciamento com PMDB. Em Patos, Nabor Wanderley que é da base de RC na AL, pode ficar sem apoio do governador.
Mas será que se Maranhão decidir ficar com PSB na capital, Ricardo evita o confronto dos partidos nas principais cidades? Ou seja, teria que, no mínimo, rifar Galdino e Josa da Padaria para restabelecer essa via de mão dupla. Será que acontece? Quais serão os termos da negociação?
Os cargos
Aliados do senador José Maranhão têm dito que, nos bastidores, Maranhão (pessoalmente) prefere uma aliança com Cartaxo. Mas, membros da Executiva Estadual estão pressionando na direção contrária. Outro ponto nevrálgico está na ocupação dos espaços. Parentes próximos do senador teriam negociado cargos com o governo à revelia de Maranhão. Espaços além dos 30 já conhecidos.
De qualquer forma o que estamos vendo é, mais uma vez, o PMDB dividido, como coadjuvante e barganhando para permanecer governo. Aliás, teremos em breve o PMDB de Ricardo e o PMDB de Cartaxo. Cada um no seu quadrado, no seu governo.
(Laerte Cerqueira, no portal do Jornal da Paraíba)
Comentário do programa – Em termos locais uma coisa é certa. Usaram o nome do Dr. Érico Djan para fazer chantagem com o PMDB a nível estadual. O PSB nunca teve interesse em candidatura própria em Patos. Guardava o nome do Dr. Érico para usá-lo nas negociações com o PMDB, indicando-o como candidato a vice. Afinal o PSB de Patos, segundo alguns observadores, seria um mero apêndice do PMDB. Desde quinta-feira que se anuncia uma entrevista coletiva do Dr. Érico. O que ele tem a dizer? Desiste de ser candidato ou “engole” o que disse e aceita ser vice de Nabor? (LGLM)