Mas todo dia deve ser Dia dos Pais, como recomenda a Bíblia, no livro do Êxodo: “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que venhas a ter vida longa na terra que Yahweh, o teu Deus, te dá”. Este amor e esta honra não devem ser “só da boca para fora”, da ostentação, da visita e do presente no segundo domingo do mês de agosto. Ama-o e honra-o, do primeiro ao último dia de tua vida. A mãe sofreu as dores do parto, mas juntos deram tudo para fazer de ti a melhor e a mais digna das criaturas. Se um deles te faltou, o outro tentou suprir esta assistência, este amor, esta dedicação. Ou pelo menos devia ter sido. Mesmo à distância, ainda hoje velo pelos meus filhos, fazendo de minha parte o que é possível para que estejam bem, onde quer que estejam. E tenho certeza de que eles fazem o mesmo por mim. Aos pais ricos ou pobres, jovens ou idosos, livres ou presos, sãos ou doentes, aos amigos, vizinhos ou distantes, aos que penam por não terem mais os filhos que o assistam na velhice, aos que sempre desejaram e nunca foram pais, aos que são duas ou três vezes pais porque são avós ou bisavós ou até trisavós, nossa honra e nosso amor. Ao meu pai Antônio Torres de Morais e a seu pai e meu avô Henrique Luiz de Morais, ao meu avô materno Pedro Miguel de Lima, uma lembrança carinhosa do que foram para mim. (LGLM)