(Veja comentário no final)
Entidades civis, governamentais e cidadãos que lutam para a preservação da localidade do Pico do Jabre, que fica localizada entre os municípios de Teixeira e de Mãe D’água, se reuniram na tarde desta quinta-feira, dia 11, no Casarão do Pico do Jabre, para discutir, encaminhar e propor metas que ajudem na preservação da área que vem sendo degradada ao longo dos anos.
Com a presença do secretário executivo do Meio Ambiente do Estado da Paraíba, Fabiano Lucena, da representante da Superintendência de Administração do Meio Ambiente na Paraíba (SUDEMA/PB), Maria Aparecida Correia, do Comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, Major Tibério, do secretário de Meio Ambiente e Turismo do Município de Matureia, Eduardo Dantas, de representantes da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Patos (UFCG/Patos), de representantes do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), do vereador de Matureia, Elizionaldo Santana, além de representante do 4º Batalhão do Bombeiro Militar (4º BBM), dentre outros presentes, a atividade durou toda a tarde tendo propostas, encaminhamentos e discussões de como ajudar na preservação do Pico do Jabre.
A reunião foi coordenada pela professora Carminha Learth, da UFCG/Patos, e pelo presidente da ONG SOS Sertão, Joaquim Neto. O Pastor John Philip, um dos fundadores no movimento pela preservação do Pico do Jabre, não esteve presente devido problemas de saúde.
Os trabalhos do Fórum Permanente Salve Pico do Jabre foram abertos com um vídeo do Promotor do Ministério Público Estadual (MPE), na cidade de Teixeira, Dr. Dennys Carneiro, que expôs as atividades que vem sendo desenvolvidas através de ações judiciais impetradas pelo MPE. Dr. Dennys não pode estar presente devido ao feriado jurídico, no entanto, fez questão expor o que vem sendo feito diante da devastação da área e a ocupação desenfreada de antenas e outras construções no Pico do Jabre.
O Fórum, que deverá se reunir a cada dois meses, também está sendo uma oportunidade para cobrar das autoridades ações concretas que interrompam a devastação na área do Pico do Jabre. Antenas irregulares, queimadas criminosas, extração ilegal de madeira, além da caça de animais silvestres tem sido uma preocupação dos ambientalistas e das entidades que lutam pela preservação do local que é rico em fauna e flora.
Várias reclamações dos presentes pela falta de ações concretas por parte das autoridades governamentais para impedir a devastação da área do Pico do Jabre foram feitas. De acordo com Dalvanete Dantas, proprietária do Casarão do Jabre, as medidas eficazes para coibir abusos ainda são poucas, no entanto, se reconhece que algo já foi feito após a mobilização da sociedade civil que sensibilizou os governantes.
Uma proposta do secretário executivo do Meio Ambiente do Estado da Paraíba, Fabiano Lucena, deve ser aprofundada no próximo encontro, pois o secretário sugeriu que a área do Pico do Jabre fosse entregue a uma Organização Social, tipo Organização Não-Governamental, para ser gerenciada. Para Fabiano Lucena, a ideia foi adotada em outros locais e vem dando certo. A proposta divide opiniões.
Diante dos debates, o recente incêndio que destruiu grande parte da área da Serra do Teixeira e locais também na área do Pico do Jabre ficou em segundo plano, porém o representante o 4º BBM disse que o fogo está controlado e apenas alguns pequenos focos ainda são visíveis.
(Patos Online)
Comentário do programa – Muito interessante a ideia do Secretário Fabiano Lucena. Seria uma forma de atrair recursos da iniciativa privada para preservação da área. E aqui nós daríamos uma sugestão. Por que não tentar atrair o Instituto Fazenda Tamanduá, até para adotar o Pico do Jabre, já que ele tem tradição em pesquisas ligadas ao meio ambiente e teria facilidade em atrair o apoio de outras entidades preocupadas com o meio ambiente?. Temos certeza de que Pierre Landolt seria sensível à causa de salvação do Pico do Jabre, pela importância que a área tem para a preservação da fauna e da flora da região, e pela experiência que o empresário tem com o trabalho que já tem sido desenvolvido na própria Fazenda Tamanduá. (LGLM)