Viajando de Patos para João Pessoa, na altura do Cajá, cerca de vinte horas topamos com um bloqueio na estrada promovido pelos moradores de Cajá por causa do atropelamento de uma criança. Dezenas de veiculos, entre os quais onibus e carretas foram orientados pela PRF a fazer um desvio por Mari e Sapê para voltar para a Br 230, contornando o bloqueio. Perdemos cerca de duas horas. No Terminal da Integração em João Pessoa, encontrei uma passageira que vinha no primeiro ônibus a enfrentar o bloqueio. Segundo ela contou o autor do atropelamento da criança que provocou o bloqueio era um motoqueiro da própria comunidade que trafegava na contramão, no trecho que passa por dentro do Cajá. Ou seja centenas de pessoas prejudicadas pela imprudência de um membro da própria comunidade.
PS. Posteriormente tomamos conhecimento de que o bloqueio se prende a um pleito da comunidade para que se coloque mais um dispositivo de controle de velocidade no local, como se já não bastassem os três equipamentos com essa finalidade já existentes no distrito do Cajá. Aliás tais dispositivos, chamados “lombadas eletrônicas”, substituem os chamados “quebra-molas”, verdadeira aberração nas ruas e estradas da região Nordeste. Testemunha gritante na nossa falta de educação no trânsito, hoje já erradicados nos Estados mais civilizados.