Será que reforma de ensino e controle das despesas não são necessárias neste país?
Muita gente está indo às ruas pelo gosto de se manifestar contra o Governo Federal. Estudantes invadiram escolas contra a Reforma do Ensino. Agora, as viúvas do PT vão às ruas se manifestar contra a PEC que visava estabelecer um teto para as despesas públicas. Num caso e noutro, o mais importante era uma discussão equilibrada sobre cada uma das propostas. O nosso ensino tem qualidade de Terceiro Mundo, não habilitando devidamente os alunos nem para a carreira acadêmica, nem para o mercado de trabalho. Alguma coisa tem que ser feita para melhorar o nosso ensino e, ao invés de ocupar escolas, professores e alunos deveriam discutir o que fazer para melhorar a qualidade do ensino, principalmente no ensino fundamental e médio, base para os que querem ingressar na universidade ou no mercado de trabalho. E não embarcar numa luta corporativista dos que querem manter vantagens e interesses.
No caso da PEC as despesas públicas vem aumentando num ritmo que pode quebrar totalmente a nossa economia. E a partir daí, “nem mel, nem cabaça”. Alguma coisa tem que ser feita. Mas ao invés de promoverem debates onde fosse ouvidas tanto pessoas que são contra a PEC como pessoas que são a favor, o que se faz é simplesmente satanizar a PEC com se ela fosse a origem de todos os males. O que está faltando neste país é um debate racional sobre os grandes problemas nacionais, ao invés de embarcar simplesmente numa mobilização conduzida justamente pelos terminaram de quebrar o país.
Ainda com relação à PEC,uma observação interessante. Alguns meses atrás, a Assembléia Legislativa da Paraíba aprovou um projeto do Governador Ricardo Coutinho, na mesma linha da PEC do Teto, inclusive congelando os salários dos funcionários públicos estaduais, que contou inclusive com o voto favorável do deputado Nabor Wanderley. E poucos se manifestaram contra uma lei que só atingia os funcionários estaduais. Quantos dos que foram às ruas hoje se manifestaram contra a lei aprovada pela Assembléia. Agora que a PEC pode atingir interesses de escolas e professores, inclusive federais todos “caem de pau” em cima da PEC onde não encontram nenhuma virtude.
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Reforma do Ensino Fundamental e Médio no Brasil! Ela é necessária. E como deverá ser feita? Primeiro passo: trazer a boa qualidade das aulas do Telecurso 2000 para dentro das salas das Escolas Públicas. Os demais passos são: 1) Ajustes; 2) Avaliação semestral dos professores pelos alunos a partir do IV ano do ensino fundamental até o ensino médio 3) Valorização do professor.
São., sim. Vejas, tudo se moderniza ou se atualiza. Tivemos a datilografia, o computador, tablatura, e as diversas opções de uso. O ensino continua na mesma retórica, sem atrativos e algo cansativo. A maioria dos docentes se preocupa mais com o contracheque (com razão ) do que com o aprendizado do discente, que por sua vez não quer nada com o ensino. A escola tem que oferecer chances do estudante optar pelas matérias que mais lhe interessam, e não o Bêabá de sempre. Assim, apenas como um exemplo, teríamos melhores matemáticos, advogados, médicos. etc., que escolheram aquilo que gostavam. Opcionais seriam matérias que não iriam interferir nos sonhos de cada um.
A discussão deve ser assim mesmo, Marcos, racional. Quem está conduzindo estes movimentos são os que temem perder espaço com a reforma, os que temem ser obrigados a aprender a dar aulas realmente atrativas para os estudantes, o que teme mudanças que os tirem do comodismo.