Nesta segunda-feira, 07 de novembro, o prefeito interino, Lenildo Morais, e o prefeito eleito, Dinaldinho Wanderley, chegaram a um acordo com relação à venda da folha feita pela administração da afastada prefeita Francisca Motta, e que renderia para a administração municipal recursos da ordem de três milhões e meio de reais. Lenildo vinha reivindicando que a Caixa Econômica lhe passasse imediatamente o valor total do acerto, enquanto Dinaldinho procurou a Justiça Federal pedindo que o repasse fosse bloqueado.
Segundo o Patos Online, “Lenildo Morais disse que conversou com o prefeito eleito e chegaram ao seguinte acordo: dos R$ 3.500.000,00 dos recursos pela venda da folha, R$ 1.300.000,00 repassado agora para a Prefeitura Municipal de Patos, R$ 1.300.000,00 para a gestão de Dinaldinho Wanderley e o restante, R$ 900.000,00 serão paga pagas os empréstimos consignados que estão pendentes por falta de pagamento da gestão Francisca Motta (PMDB).”
Muita gente tem perguntado por que o interesse de Dinaldinho em bloquear o repasse total do dinheiro para a a atual administração. A alegação de Dinaldinho é que o acordo, entre a Prefeitura Municipal e a Caixa Econômica Federal, vai repercutir na sua administração, quando todos os recursos do município passarão a ser administrados pela Caixa Econômica Federal. Ou seja, não só a Folha de Pagamento será paga por intermédio da Caixa, como os recursos da Prefeitura, o recolhimento de impostos e os recursos do Patos Prev, serão depositados e administrados pela Caixa.
Neste caso, a sua administração só teria o ônus do acordo, sem nenhum bônus e sem possibilidade de fazer outro acordo durante o seu mandato. O acordo terminou sendo mais favorável para a atual administração que poderá atualizar compromissos atuais, mas ao mesmo tempo não só desafoga a futura administração de algumas pendências que poderia herdar, como beneficia setores do funcionalismo que estão com seus salários atrasados.
O acordo mostrou bom senso de ambas as partes e foi, a nosso ver, benéfico para todos.