O prefeito do Município de Patos, Dinaldinho Wanderley (PSDB), decidiu se licenciar do cargo por 10 dias a partir do próximo dia 13 de março. Com a decisão, o vice-prefeito Bonifácio Rocha (PPS) assume a gestão durante o período em que o prefeito tirou para descanso.
A decisão de licença para descanso tem dividido opinião, pois alguns acham muito cedo para que o prefeito já sinalize necessidade de repouso dos trabalhos como gestor da principal cidade do sertão paraibano. Ao completar 70 dias, essa será a primeira licença do prefeito Dinaldinho Wanderley por motivos pessoais.
O contabilista Bonifácio Rocha (PPS), que já exerceu o cargo de secretário Executivo de Finanças do Estado da Paraíba e também dois mandados de vereador pela cidade de Patos, terá 15 dias para administrar e tomar as decisões que achar necessárias para dar continuidade a gestão municipal.
Falando sobre o fato, Dinaldinho disse: “Há muito tempo a cidade, democraticamente não tem o vice como prefeito. Eu vejo o fato como normal, pois tenho um vice em quem confio. Muitas gestões passadas tratavam o vice-prefeito como se não existisse, eu não! A cidade estará em boas mãos. Vou descansar um pouco e isso é normal”, comentou.
(Jozivan Antero – Patosonline.com)
(+) Comentário do programa – Parece que os ilustres comentaristas não se deram ao trabalho de ler a Constituição do Município, a sua Lei Orgânica Municipal. A LOM não determina de quantos dias será a licença do prefeito. A única exigência constante do art. 75 é que em casos de afastamentos superiores a quinze dias ele precisará de licença da Câmara de Vereadores. A afastamentos inferiores ficam a seu critério. Diz textualmente o Art. 75 – “O prefeito não poderá se ausentar do Município ou afastar-se do cargo, sem licença da Câmara Municipal, sob pena de perda do cargo, salvo por período não superior a 15(quinze) dias.” Quem se admira com o fato de o prefeito se licenciar com pouco mais de sessenta dias do mandato é porque não acompanha de perto, o “rojão” que o prefeito de Patos aguentou nestes primeiros dois meses de gestão. Organizar uma administração não é fácil. Escolher e nomear auxiliares, resolver problemas os mais diversos, sair do gabinete altas horas da noite e até altas horas da madrugada não é brincadeira. Suportar reuniões de duas ou três horas, isto depois de uma campanha política acirrada. E Dinaldinho tem a seu favor um vice competente e em quem ele confia. Ele entende que precisa descansar e sabe que pode entregar a administração a Bonifácio Rocha, cuja competência e seriedade são por todos reconhecidas. Nada mais lógico que o faça. Além de já ter montado uma equipe de auxiliares afinada também com o vice-prefeito. (LGLM)