Os escândalos de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB) devem respingar diretamente nas eleições de 2018. Principalmente nas candidaturas de lideranças políticas que tenham ligações diretas com o peemedebista e o tucano. A afirmação é do cientista político e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Ítalo Fittipaldi. Ele ainda colocou em dúvida a realização das eleições gerais no próximo ano. “Se tiver eleição, pois todas as instituições estão desacreditadas diante de tantos escândalos, haverá desdobramentos negativos que dependera das conexões políticas dos envolvidos com as lideranças locais. Só o fato de estar listado nesses escândalos já gera um impacto junto ao eleitorado. Com isso, a oposição pode ganhar força”, afirmou Fittpaldi.
]Para o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Junior (PMDB) todos os fatos negativos que ocorrem no cenário nacional respingam na política local. O peemedebista, no entanto, acredita que os escândalos envolvendo Michel Temer não causarão prejuízos nas pretensões políticas do partido em 2018.
“O país atravessa um momento muito difícil. Defendemos que as investigações ocorram de forma mais célere e quem errou que pague por seu erro. Agora, é preciso ter muito cuidado para condenar quem não tem culpa. Há denuncias pontuais e não se pode generalizar. O PMDB vai continuar com o mesmo propósito de ajudar o Brasil a crescer”, afirmou Manoel Junior.
Já o presidente estadual do PSDB, Ruy Carneiro afirmou que qualquer fato que político, independente de envolver o presidente ou não, tem influências nas eleições locais. Segundo ele, todos esses acontecimentos vão respingar nas eleições de 2018. Esses acontecimentos deixam o eleitor mais criterioso.
“Com relação à aliança que se firmou na eleição para prefeito em 2016 será mantida independente de qualquer fato que ocorra no cenário nacional. O PSDB deve esperar os desdobramentos dos fatos e o desenrolar das investigações. Temos que diferenciar denuncia que envolvem duas ou três pessoas de um partido e as que envolvem a cúpula inteira. Não podemos generalizar as situações”, comentou Ruy Carneiro.
Ele é a favor da renúncia Michel Temer. “O presidente perdeu as condições de governabilidade e isso afeta diretamente a economia e a geração de empreso e renda. Acho que ele (Temer) deveria renunciar ou fazer algo do gênero”, declarou Ruy Carneiro.
(+) Comentário do programa – Como dissemos aqui anteriormente, nem toda doação de campanha é legal mesmo que declarada na prestação de contas. Resta saber se por trás da doação não havia um motivo inaceitável. Da mesma maneira temos que lembrar que nem toda doação é propina. Ricardo, Cássio, Maranhão, Vitalzinho podem ter recebido doações que não sejam propina, desde que não tenham proporcionado nenhuma vantagem ou benefício em troca da doação. Propina pressupõe um “toma-lá-dá-cá”. Uma troca de vantagens que não seja legal. (LGLM)