Nova Previdência deve ter regras mais pesadas para aposentadoria do funcionalismo(Deu na Folha)

By | 26/11/2017 1:56 pm

 

 

O presidente Michel Temer e o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), apresentaram nesta quarta (22) o novo texto da proposta com uma exigência maior no tempo de contribuição de servidores do que dos trabalhadores da iniciativa privada.

O tempo de contribuição no setor público será mantido em 25 anos, como está na proposta original. O dos trabalhadores da iniciativa privada será de 15 anos, mesmo prazo exigido hoje.

O governo reconhece que os servidores têm mais estabilidade e, portanto, mais facilidade para acumular anos de contribuição previdenciária.

Apesar dessa diferença, a exigência de 40 anos de contribuição para receber o valor completo do benefício é igual para servidores e trabalhadores da iniciativa privada.

No regime geral, quem contribuir pelo período mínimo de 15 anos receberá 60% da média de contribuição. Para o regime dos servidores, o patamar começa, aos 25 anos, com 70% da média.

A nova proposta mantém a idade mínima de aposentadoria de 65 (homem) e 62 (mulher).

O próprio relator já disse, contudo, que “nada garante” que essa idade será mantida.

“Quem vai decidir e dar a palavra final é o plenário, que pode votar uma idade maior ou menor, ou até pode rejeitar a proposta em sua integralidade”, disse Arthur Maia.

Interlocutores do presidente Michel Temer não descartam uma redução na idade mínima, o que, na avaliação deles, pode ser uma maneira de conquistar votos, inclusive da bancada feminina. O cálculo é que uma diminuição de 62 para 60 anos pode atrair uma dezena de deputadas indecisas, de partidos como PSB, PTB e PP.

Outro ponto em que aliados já consideram que haverá mudança é o trecho que permite o acúmulo de pensão e aposentadoria limitado a dois salários mínimos. Líderes da base defendem que esse limite suba para pelo menos três salários mínimos.

A apresentação do texto foi feita a 170 convidados –incluindo deputados, assessores e ministros–, em jantar promovido pelo presidente no Palácio da Alvorada, para o qual o governo esperava cerca de 300 convidados.

No encontro, Temer disse que haverá um “colapso” no cenário econômico caso a reforma da Previdência não seja aprovada no Congresso.

Para conseguir aprovar uma mudança na Constituição, como é o caso da reforma da Previdência, o governo precisa do apoio de pelo menos 308 deputados, em dois turnos de votação.

“Não é fácil construir uma maioria de 308 votos para esse tema”, disse Arthur Maia.

O deputado afirmou ter expectativa de que o texto seja apreciado pelo plenário da Câmara neste ano.

PROFESSORES

A aposentadoria rural e o BPC (Benefício de Prestação Continuada, pago a idosos e pessoas com deficiência pobres) não sofrerão mudança.

As exceções para o patamar geral de idade mínima são: professores (60 anos para homens e mulheres), policiais (55 anos ambos os sexos) e 55/60 anos (mulheres/homens) para o segurado especial (como é hoje).

O novo texto também prevê que as contribuições sociais deixem de ficar submetidas à DRU.

De acordo com o Ministério da Fazenda, a nova proposta representará 60% da economia de quase R$ 800 bilhões em dez anos prevista no texto original do governo.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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