Por G1
Manifestantes tentaram agredir deputados e entraram em violentos confrontos com a polícia na tarde desta quinta-feira (14) em Buenos Aires, perto do Congresso onde aconteceria a votação de uma reforma da previdência. A sessão foi adiada a pedido da deputada Lilita Carrió, segundo o jornal “Clarín”.
Manifestantes atiraram pedras e ovos em policiais e deputados, mas alguns deputados ficaram ao lado daqueles que participavam do protesto e também brigaram com a polícia, reclamando do tratamento violento dispensado à multidão. Alguns políticos tiveram que receber atendimento por inalar gás lacrimogêneo.
Diversas pessoas foram atingidas por balas de borracha, e jatos de água e bombas de fumaça também foram usadas para dispersar o público. O trânsito foi interrompido em várias ruas próximas.
A sessão chegou a atingir o quórum necessário, mas deputados da oposição pediram sua suspensão em virtude dos distúrbios.
A agência de notícias Telam diz que a mobilização teve início às 8 horas, e que milhares de pessoas se reuniram em diversos pontos da capital argentina, encontrando-se em frente ao Congresso por volta das 15 horas, quando os deputados começavam a chegar para a votação.
De acordo com o Clarín, 900 policiais estavam no local, e a Polícia Federal foi convocada para reforçar a segurança.
Entre os principais pontos da reforma proposta pelo governo estão a mudança do ajuste da mobilidade de aposentadoria, que passaria de semestral a trimestral e uma alteração na fórmula de ajuste que passsaria a ser determinada por um composto de 70% da taxa de inflação e 30% da variação no salário médio dos trabalhadores estáveis.
Outro ponto determina que mulheres com 60 anos de idade e homens com 65 anos e, em ambos os casos, um mínimo de 30 anos de contribuições, podem optar por prolongar a vida ativa até 70 anos.
Mas, uma vez que o trabalhador complete 70 anos e atenda aos requisitos necessários para acessar o Benefício Único Universal (PBU), o empregador pode intimá-lo a iniciar os procedimentos relevantes. A partir desse momento, o empregador deve manter a relação de trabalho até que o trabalhador obtenha o benefício e por um período máximo de um ano.
Comentário do programa – Os argentinos não são acomodados como os brasileiros que vão às ruas contra um aumento de cinquenta centavos nas passagens, mas assistem sem ação a uma reforma trabalhista que aumentará o desemprego e uma reforma previdenciária que vai tornar cada vez mais difícil ou impossível a aposentadoria. (LGLM)
LA TEM HOMENS. NÓS SOMOS UNS BANDOS DE ALIENADOS NÃO LUTAMOS POR NOSSOS DIRETOS.