Deputados argentinos suspendem votação de reforma da previdência após protestos violentos na Argentina

By | 17/12/2017 8:02 am

 

Por G1

Manifestantes tentaram agredir deputados e entraram em violentos confrontos com a polícia na tarde desta quinta-feira (14) em Buenos Aires, perto do Congresso onde aconteceria a votação de uma reforma da previdência. A sessão foi adiada a pedido da deputada Lilita Carrió, segundo o jornal “Clarín”.

 

Manifestantes atiraram pedras e ovos em policiais e deputados, mas alguns deputados ficaram ao lado daqueles que participavam do protesto e também brigaram com a polícia, reclamando do tratamento violento dispensado à multidão. Alguns políticos tiveram que receber atendimento por inalar gás lacrimogêneo.

 

Diversas pessoas foram atingidas por balas de borracha, e jatos de água e bombas de fumaça também foram usadas para dispersar o público. O trânsito foi interrompido em várias ruas próximas.

 

A sessão chegou a atingir o quórum necessário, mas deputados da oposição pediram sua suspensão em virtude dos distúrbios.

 

A agência de notícias Telam diz que a mobilização teve início às 8 horas, e que milhares de pessoas se reuniram em diversos pontos da capital argentina, encontrando-se em frente ao Congresso por volta das 15 horas, quando os deputados começavam a chegar para a votação.

 

De acordo com o Clarín, 900 policiais estavam no local, e a Polícia Federal foi convocada para reforçar a segurança.

 

Entre os principais pontos da reforma proposta pelo governo estão a mudança do ajuste da mobilidade de aposentadoria, que passaria de semestral a trimestral e uma alteração na fórmula de ajuste que passsaria a ser determinada por um composto de 70% da taxa de inflação e 30% da variação no salário médio dos trabalhadores estáveis.

 

Outro ponto determina que mulheres com 60 anos de idade e homens com 65 anos e, em ambos os casos, um mínimo de 30 anos de contribuições, podem optar por prolongar a vida ativa até 70 anos.

 

Mas, uma vez que o trabalhador complete 70 anos e atenda aos requisitos necessários para acessar o Benefício Único Universal (PBU), o empregador pode intimá-lo a iniciar os procedimentos relevantes. A partir desse momento, o empregador deve manter a relação de trabalho até que o trabalhador obtenha o benefício e por um período máximo de um ano.

 

Comentário do programa – Os argentinos não são acomodados como os brasileiros que vão às ruas contra um aumento de cinquenta centavos nas passagens, mas assistem sem ação a uma reforma trabalhista que aumentará o desemprego e uma reforma previdenciária que vai tornar cada vez mais difícil ou impossível a aposentadoria. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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