(Jozivan Antero, no Patos Online)
A senhora Lauriene Rodrigues está acusando o Estado da Paraíba, através do Presídio Regional Procurador Romero Nóbrega, de ter cometido ato de negligência que levou a morte do esposo dela, Damião Simões, falecido nesta quarta-feira, dia 14, após ter quadro de saúde agravado e dar entrada no Hospital Regional de Patos.
Damião Simões estava cumprindo pena há três anos no Presídio Procurador Romero Nóbrega. A esposa relata que ele começou a apresentar problemas de saúde na última quarta-feira, dia 07 de fevereiro, e foi levado ao Hospital Regional de Patos onde deu entrada várias vezes, porém voltava para o presídio sem detectar o problema que levou ao quadro de vômitos e dores abdominais.
Na segunda-feira, dia 12, Damião foi levado mais uma vez ao Hospital, porém, teve que ser entubado na Área Vermelha com a saúde bastante debilitada. Na quarta-feira veio a óbito com quadro de infecção. Damião foi sepultado na tarde desta quinta-feira, dia 15, no Cemitério São Miguel em clima de muita revolta.
Lauriene relatou que o seu esposo devia ter tido mais atenção por parte do Presídio Procurador Romero Nóbrega. Para Lauriene, o caso de Damião serve de alerta para que o fato não se repita. “Quero que não aconteça com os demais o que aconteceu com o meu…tem muitos pais de família ali que tem o sonho de sair e cuidar de sua família. Eu queria que a justiça prestasse mais atenção nos presos…”, relatou.
A direção do Presídio Procurador Romero Nóbrega relatou que atendeu todas as solicitações de atendimento médico do reeducando. “Assim que o reeducando solicitou atendimento, o mesmo foi atendido e levado ao hospital. Isso ocorreu várias vezes. O atendimento médico institucional, que ocorre em quatro dias da semana, também foi realizado, inclusive por equipe multidisciplinar composta por profissionais de enfermagem, odontologia, psicologia e assistência social. Todos os atendimentos devidamente registrados”.
Comentário do programa – Se o presídio fez a parte dele, será que o problema não foi no atendimento do Hospital a quem cabia diagnosticar o problema que afligia o detento? Afinal, pelo que entendi, ele morreu no Hospital onde deu entrada várias vezes seguidas. (LGLM)