(Hacéldama Borba, no Paraiba Online)
As estatísticas do perfil do eleitorado paraibano para as eleições majoritárias em outubro revelam uma diminuição de quase 1% no número de eleitores no Estado.
Enquanto nas eleições de 2016, o número de eleitores foi de 2.889.731, nas eleições deste ano, esse número baixou para 2.865. 578.
A informação é do secretário de TI (Tecnologia da Informação) do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, José Cassimiro Júnior, que informou ainda que os dados só serão fechados em sua totalidade no próximo dia 5 de julho, mas ele antecipou alguns números para imprensa.
Segundo o secretário, historicamente se tem um crescimento de uma eleição para outra, em torno de 5%, mas das últimas eleições para esta se verificou uma diminuição justamente por conta da biometria e foram cancelados os títulos de 146 mil eleitores por diversos motivos, entre eles a transferência de domicílio eleitoral.
“Muitos eleitores que se transferiram para outros Estados e insistiam apenas em justificar o voto tiveram que fazer a regularização na residência atual e por conta da biometria tiveram os títulos cancelados, por isso nós tivemos esse decréscimo”, explicou.
Conforme o secretário, ainda é preocupante quanto ao grau de instrução do eleitorado paraibano, que apresenta 24,65% com apenas o ensino fundamental incompleto, enquanto que 21,14% tem o fundamental completo.
Nestas eleições, o eleitor com pouca instrução pode se atrapalhar na hora da votação porque são seis cargos a escolher e ele terá que digitar, ao todo, 19 números.
“Se nós juntarmos o eleitorado com ensino fundamental incompleto e o eleitorado que se diz analfabeto, cujo percentual é de 7,66%, no total teremos 32% de eleitores que estão entre os analfabetos e os analfabetos funcionais. Nessa escala do fundamental incompleto encontramos vários eleitores que na verdade são analfabetos funcionais, ou seja, eles desenham o nome, mas não querem assumir a condição de analfabetos. Então, votar em seis cargos não será fácil, se a pessoa não tiver um esclarecimento maior”, destacou.
Ele ainda orienta que é preciso que essa faixa do eleitorado leve uma “colinha”, fique ciente dos números dos seus candidatos, até porque o Supremo Tribunal Federal derrubou o voto impresso, talvez não se terá mais a tela resumo, o que não deixa de ser um problema a menos para o eleitor.
Em relação ao eleitorado feminino continua sendo o maior com 52%. Por faixa etária o maior percentual está entre os eleitores que têm entre 45 a 59 anos, que representam 23, 04% do total de eleitores.
Juntando os eleitores com 25 a 59 anos, eles totalizam 65%. Os jovens com menos de 18, desobrigados a votar, representam apenas 2% do eleitorado paraibano.
“O percentual foi baixíssimo. Os jovens parecem estar desgostosos com a situação política do país e a procura pelo alistamento eleitoral este ano foi bem desprezível”, atestou o secretário.
Comentário do programa – A redução do eleitorado se deve ao recadastramento, quando muitos eleitores que se mudaram para outros Estados deixaram de comparecer ao processo biométrico. (LGLM)