(Leandro Colon, diretor da sucursal da Folha em Brasília)
A campanha presidencial começou de vez. A correlação de forças do centrão mudou desde o início da semana e fez com que a tendência de apoio a Ciro Gomes (PDT) refluísse, abrindo espaço para uma aproximação mais assertiva do bloco com Geraldo Alckmin (PSDB), segundo os repórteres Marina Dias e Daniel Carvalho. Antes dividido, o grupo formado por DEM, PP, PRB e SD mudou de postura com a entrada do PR, de Valdemar Costa Neto, que sinalizou preferência pelo ex-governador de São Paulo durante jantar na noite desta quarta-feira.
(Bruno Boghossian, colunista da Folha)
Com o avanço das negociações para apoiar Geraldo Alckmin (PSDB), os líderes do centrão decidiram apresentar ao tucano já na tarde desta quinta-feira (19) uma série de pontos que esperam ver atendidos para a formalização da aliança.
Entre os pedidos, está a discussão de uma proposta de financiamento alternativo das centrais trabalhistas, após o fim da cobrança obrigatória do imposto sindical. O compromisso foi incluído na pauta do bloco pelo deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade.
As siglas também pretendem fazer ajustes considerados decisivos na formação de coligações com o PSDB nas eleições estaduais. Se as negociações forem bem-sucedidas, a aliança pode ser anunciada na próxima semana.
Comentário do programa – Não tem sentido criar um financiamento alternativo para as centrais sindicais. Elas devem continuar a ser financiadas pelos sindicatos ligados a elas, que por sua vez devem trabalhar para justificar as mensalidades que arrecadam dos trabalhadores. Criar um financiamento alternativo obrigatório para as Centrais vai continuar estimulando a acomodação que viciou os sindicatos. (LGLM)