(Jozivan Antero – Patosonline.com)
O jovem de 27 anos, residente no Bairro São Sebastião, em Patos, sofre com transtornos mentais e a família tem enfrentado uma verdadeira batalha em busca da recuperação da saúde mental do rapaz.
Ele foi internado compulsoriamente por força de decisão judicial há cerca de 30 dias na Clínica Dr. Maia, em Campina Grande, porém, conseguiu fugir após negligência da própria clínica e a família entrou em desespero, pois, apesar da responsabilidade ser da clínica, esta não deu a atenção necessária ao caso, de acordo com relatos da mãe do jovem.
A mãe do rapaz disse que o jovem foi encontrado nesta terça-feira, dia 17, na cidade de Pocinhos (PB) bastante desorientado. Um primo dele pegou um transporte e foi buscá-lo, porém, invés do jovem voltar para a ser internado, a clínica disse que o paciente está de alta médica.
A família está revoltada e disse que vai buscar novamente o poder judiciário para responsabilizar a clínica e tentar conseguir a nova internação do paciente. “Ele está bastante fragilizado mentalmente. Esperamos que ele não tenha surtos em casa, mas achamos que ele deve continuar o tratamento que começou e não ser desprezado desta forma pela clínica”, relatou um familiar do jovem.
Os casos de cidadãos com transtornos mentais vêm crescendo muito na cidade de Patos. Os problemas de ordem psiquiátrica se dão por diversos motivos e nem sempre são solucionados na própria cidade de Patos. Não é raro o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ser acionado por familiares e pela própria polícia para realizar sedações em pessoas com problemas psiquiátricos.
Comentário do programa – A moderna psiquiatria desaconselha o internamento psiquiátrico, admitindo-o apenas para os doentes que se tornem violentos. Os demais, segundo entendem, devem ser tratados, no ambiente familiar, depois de alguns dias de internamento durante os quais são medicados. O próprio Governo desestimula o internamento, é tanto que muitos hospitais psiquiátricos foram fechados e as casas que aceitam internos geralmente funcionam como estabelecimentos privados cobrando pelo internamento. Em contrapartida o Governo criou no âmbito do SUS, operados pelos municípios, programas destinados a assistência aos portadores de problemas na saúde mental, de modo a evitar, ao máximo, as internações. (LGLM)