Ministério Público, Secretaria de Estado da Saúde e Conselho Regional de Medicina discutem soluções para caos na Maternidade de Patos

By | 24/03/2019 5:37 am

 

 

TAC será assinado nesta segunda-feira (25/03) para viabilizar pagamento de fornecedores e profissionais e garantir compra de medicamentos e insumos

(Assessoria)

 

Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (22), no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) foram discutidas alternativas para a solução dos graves problemas enfrentados pela Maternidade Peregrino Filho, na cidade de Patos, onde faltam medicamentos, insumos e os profissionais estão sem receber salários desde novembro do ano passado. Com a presença de representantes do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Secretaria de Saúde do Estado, Ministério Público Estadual e Sindicato dos Médicos, além dos procuradores do TCE, foi acordado que será assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na próxima segunda-feira (25) para que haja uma nova forma de gestão emergencial do hospital, até que seja feita uma nova seleção para Organizações Sociais.

 

Na última quinta-feira (21), o presidente do CRM-PB, Roberto Magliano de Morais, e o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, estiveram na maternidade em Patos e foram informados pela equipe médica que o estoque de medicamentos e insumos terminaria neste sábado. Para resolver esta questão de forma emergencial e para que o hospital não fosse interditado eticamente pelo CRM-PB, a Secretaria de Saúde do Estado se comprometeu em remanejar estes materiais de outros hospitais da rede, para que não haja o desabastecimento da maternidade.

 

Esta solução, no entanto, é viável para os próximos 10 dias, aproximadamente. Por isso, a urgência em encontrar uma alternativa mais eficaz. Sendo assim, o promotor de Justiça de Patos Uirassu de Melo Medeiros, durante a reunião no TCE, propôs que seja assinado o TAC que viabilize a regularização o mais rápido possível do pagamento dos fornecedores e dos profissionais de saúde e, assim, o abastecimento de medicamentos e insumos do hospital possa ser normalizado.

 

A Maternidade Peregrino Filho é estadual, mas era gerida, até 11 de janeiro deste ano, pela Organização Social (OS) Instituto Gerir. Como a OS tem dívidas trabalhistas em outros estados, os repasses feitos pelo Governo da Paraíba foram bloqueados e não foram feitos os pagamentos devidos na Maternidade de Patos. Além disso, o contrato da OS com o Governo foi finalizado em 11 de janeiro e ainda não foi feita uma nova seleção.

 

“A maternidade Peregrino Filho é fundamental para a assistência obstétrica da Paraíba. Os médicos de lá estão desesperados e nos procuraram para intermediar uma solução. Não há como fazer partos, nem atender aos bebês sem medicamentos básicos e insumos. Este é um problema muito sério que envolve vidas. Se não resolvermos imediatamente, pessoas vão morrer”, enfatizou Roberto Magliano de Morais, durante a reunião.

 

De acordo com a SES, a maternidade de Patos realiza em torno de 400 partos por mês e atende a população de cerca de 70 municípios. É a terceira maternidade da Paraíba com o maior volume de partos no Estado, ficando atrás apenas do Isea, em Campina Grande, e a Cândida Vargas, em João Pessoa.

Category: Locais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde 09 de março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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