(Publicado no Patos Online)
O município de Patos elegeu, de 1947 até as últimas eleições em 2016, 121 vereadores para ocuparem as 213 vagas em disputa nestas dezessete eleições. Isto por que muitos deles exerceram mais de um mandato. O campeão foi Francisco Antônio de Maria, o popular Chico Bocão, eleito para dez mandatos, sendo reeleitos para oito deles. O segundo foi Abdias Guedes Cavalcanti eleito para seis mandatos, sendo reeleito para quatro deles. Antônio Ivanes de Lacerda foi eleito para cinco mandatos sendo reeleito para quatro mandatos. Petrônio Lucena e Batuel Palmeira também se elegeram para cinco mandatos, mas apenas três vezes foram reeleitos. Também foram reeleitos três vezes Marcos Eduardo e Francisco de Assis Sousa, tendo cumprido quatro mandatos. Vereadores eleitos para três mandatos sendo reeleitos duas vezes: Antônio Cid, Cicero Lúcio, Cícero Sulpino, Sales Júnior, José Caetano Filho, Juraci Dantas de Sousa, Manoel Lustosa, Nivaldo Sátiro, Pedro Alex e Walter Ayres de Araújo. Polion Carneiro e Inácio de Gelo também foram eleito três vezes mas apenas em uma delas foram reeleitos. Vereadores eleitos para dois mandatos, um deles em reeleição: Agamenon Borges, Antônio Araújo do Nascimento, Antônio Clementino da Nóbrega, Antônio Crizanto Dantas, Arlindo Wanderley da Nóbrega, Dilton Rodrigues, Diogo Medeiros, Emanoel Falcão, Jefferson Melquiades, Joaquim Leitão de Araújo, José Francisco Filho, José Mota Victor, José Marcone de Andrade, José Ribamar de Brito, Josefa Cavalcanti dos Santos, Lauro Nóbrega de Queiroz, Lucinha Peixoto, Lucineide da Silva Fernandes, Maria Crispim, Nadir Rodrigues, Ramiro Gondim, Renio Torres, Roland Torres, Rubens Almeida, Severino da Coroa e Wilson Dias Novo. Vários vereadores cumpriram dois mandatos sem terem sido eleitos em eleição seguidas, casos de Bonifácio Rocha, Cláudio Barreto, Guaray Martins, Expedito Mendes (Dito), Edileudo Lucena, Orlando Xavier e Vigolvino Lopes dos Santos.
Edvaldo Motta e Ruy Gouveia só se elegeram uma vez e em seguida foram eleitos deputados estaduais. Virgílio Trindade após exercer o mandato para o qual foi eleito em 1976 foi eleito vice-prefeito na eleição seguinte, em 1982.
Interessante o caso de três vereadores que foram eleitos como os mais votados e não foram eleitos uma segunda vez: Antônio de Lima Simões (1968], João Bosco Dias (1972) e Armando Gomes de Mello e Silva. Orlando Xavier nas duas vezes em que foi em eleito, 1982 e 2004 foi o mais votado mas não se reelegeu nas eleições seguintes. Orlando obteve até hoje a maior votação de vereador da história de Patos com os 2.343
votos obtidos em 1982.
Nem todos os vereadores foram derrotados nas tentativas de reeleição. Alguns desistiram de ser candidatos após uma eleição bem sucedida. Por outro lado, nem todos os vereadores que foram reeleitos o foram pelo desempenho que tiveram no exercício do mandato. Alguns o foram pela estrutura financeira ou os apoios políticos de que dispunham. Assim como alguns não conseguiram suas reeleições por que foram sabotados pelos próprios partidários com lançamentos de concorrentes em seus redutos apenas para derrota-los por suas posições de independência diante das chefias partidárias.
Um caso inédito na história recente foi o do saudoso radialista Paulo Porto que foi eleito em sétimo lugar nas eleições de 1992 mas foi assassinado antes de tomar posse, tendo sua vaga sido ocupada pela suplente Geane Calixto.
Outro fato interessante aconteceu nas eleições de 1992 e 2016. Na primeira, o vereador José Lacerda Brasileiro, foi o terceiro mais votado na cidade, mas não conseguiu se reeleger já que seu partido, o PDT, sem coligação, não conseguiu atingir o quociente eleitoral. Em 2016, nosso colega radialista Jozivan Antero foi o quarto mais votado, mas não se reelegeu, pois o seu partido, o PSol, que disputava isoladamente, também não conseguiu o quociente eleitoral, quantidade mínima de votos necessária para um partido eleger um vereador. Se não atingir o quociente eleitoral não elege ninguém. Se ultrapassar vai ser calculado o quociente partidário para saber quantos vereadores elege.
Vereadores mais votados em cada eleição de 1947 até hoje: Lauro Queiroz em 1947 e 1951; Arlindo Wanderley em 1955; Dilton Rodrigues em 1959; Ramiro Gondim em 1963; Antônio de Lima Simões em 1968; João Bosco Dias em 1972; Abdias Guedes Cavalcanti em 1976; Orlando Xavier, 1982; Armando de Bivar, 1988; Chico Bocão, 1992; Pedro Alex, 1996; Inácio de Gelo, 2000; Orlando Xavier, 2004; Marcos Eduardo, 2008; Lucinha Peixoto, 2012; e Diogo Medeiros em 2016.
O índice de renovação da Câmara ao longo do tempo tem oscilado. A maior renovação foi em 1963 (89%), quando apenas um vereador dos nove de então se reelegeu, seguida de 1968, com 78% quando se reelegeram apenas 2 dos nove vereadores. Em 1959 se deu a menor renovação, 44%, quando se reelegeram cinco dos nove vereadores. Veja a seguir o índice de renovação a cada eleição:
Ano | De | Reelege | Renovação de |
1951 | 9 | 3 | 67% |
1955 | 9 | 3 | 67% |
1959 | 9 | 5 | 44% |
1963 | 9 | 1 | 89% |
1968 | 9 | 2 | 78% |
1972 | 11 | 6 | 45% |
1976 | 11 | 4 | 64% |
1982 | 14 | 5 | 64% |
1988 | 13 | 4 | 69% |
1992 | 19 | 6 | 68% |
1996 | 19 | 10 | 47% |
2000 | 19 | 8 | 58% |
2004 | 10 | 4 | 60% |
2008 | 11 | 5 | 55% |
2012 | 13 | 3 | 77% |
2016 | 17 | 8 | 53% |
Como o eleitorado mais esclarecido está sinalizando com uma tendência de renovação na Câmara de Vereadores de Patos, visando voltar a elevar o nível de representação popular no município, alguns nomes estão sendo estimulados a concorrerem nas próximas eleições visando promover esta renovação. Alguns observadores estimam que haverá uma grande renovação na futura bancada da Câmara. Nas eleições de 2016 praticamente a metade dos vereadores se reelegeu. Contando com Tide, esposa de Marcos Eduardo, seriam oito reeleições (Diogo, Nadir, Lucinha, Sales, Jefferson, Ivanes, Tide e Toinho Nascimento). Há quem preveja que a renovação pode ser em torno de setenta por cento. Quem dera! (LGLM)
Veja a relação dos vereadores que Patos elegeu neste período