(Sinfemp)
O SINFEMP (Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região) encaminhou oficio na manhã desta sexta-feira, dia 6 de setembro de 2019, à Secretaria de Administração, Finanças e ao gestor municipal, comunicando que a partir desta segunda-feira, dia 9 de setembro, os servidores que estiverem com seus salários atrasados, irão paralisar suas atividades por tempo indeterminado.
Para a presidente do SINFEMP, Carminha Soares, esse atraso de salários prejudica os servidores que não tem sequer dinheiro para comprar alimentos e pagar suas contas e ninguém é obrigado a trabalhar passando necessidades.
O vice-presidente do SINFEMP, José Gonçalves, afirmou que a falta de planejamento continua e que todos os gestores de janeiro de 2017 não priorizaram o pagamento dentro do mês trabalho e a que a cinco meses os servidores recebem os seus salários com atraso.
Para o sindicalista a única alternativa é paralisar as atividades devido a falta de atendimento por parte da gestão municipal.
Comentário do programa – O atraso de salários não deixa de ser odioso. Mas as vezes foge do controle da administração. A falta de planejamento e o inchaço da folha de pagamento por motivos políticos são agravantes. Mas a redução da receitas muitas vezes é inesperada e pega o administrador no contrapé. Muitos recursos da Prefeitura são “carimbados” (ou seja, têm destinação específica) e não podem ser desviados de sua finalidade. Nenhum gestor atrasa salário por que quer. O pagamento da Saúde, por exemplo, depende de recursos específicos de programas federais e em atraso nos repasses pode provocar um atraso. Neste mês de agosto, a redução do FPM foi da ordem de 22% o que provocou o atraso dos efetivos. Uma das medidas para evitar parte destes atrasos que o enxugamento que o prefeito Ivanes Lacerda tenta fazer nas folhas de comissionados e contratados, pela exoneração de uns e a demissão de outros. E exoneração e demissão, além de antipático é resistido por alguns setores, responsáveis pela indicação de amigos seus, “com unhas e dentes”. A paralisação que está sendo anunciada é uma afronta ao povo, único prejudicado nestes momentos. Gestor nenhum que se preze deixa de pagar salário por maldade. Quem de nós nunca deixou de pagar um compromisso por uma eventual falta de dinheiro? (LGLM)