A quem interessa o insucesso da administração Ivanes Lacerda (e comentário nosso posterior)

By | 29/09/2019 6:58 am

 

 

Tenho tomado conhecimento nas últimas horas de que alguns comentários nossos nos últimos dias tem incomodado determinadas pessoas, seja entre políticos, seja entre colegas de imprensa, seja de ouvintes de determinados tendências políticas.

Segundo alguns, tenho feito uma defesa sistemática da administração municipal, e talvez o estejamos fazendo por interesses em receber benesses da administração.

 

Em minha vida como jornalista, beirando os quarenta anos, sempre tenho buscado manter uma coerência que é desejável em todo profissional. Buscar a verdade mesmo que doa em alguns.

 

Políticos de todas as categorias e de todas cores partidárias tem recebido de mim, críticas quando considero erradas determinadas atitudes e, cor outro lado, elogios para os seus acertos.

 

Outro cuidado que tenho tido foi sempre declarar as minhas preferências partidárias. O que não me impede de também criticar aos amigos quando acredito que estejam errados. Fui militante partidário petista, hoje sou crítico contundente dos desvios cometidos por muitos antigos companheiros.

 

Durante o período em que exerci a função de Coordenador de Comunicação na administração de Dinaldinho, procurei exercê-la de modo profissional. Não é a função do comunicador fazer uma defesa intransigente da administração, mas mostrar as coisas boas e tentar divulgar as correções executadas, quando algum erro seja apontado. As críticas e sugestões devem ser discutidas “interna corporis” (internamente) e divulgadas as soluções. A defesa deve ser feita pelos secretários em cujas pastas ocorrerem problemas ou pela assessoria jurídica se for o caso, e aí, divulgá-las nos meios à disposição da administração, ou fazer chegar as informações à imprensa independente, através de mídias de uso pessoal, para que façam da informação o que bem entenderem.

 

Isto é o que tem sido feito pelos colegas que exercem a função de modo profissional.  A comunicação oficial não deve ser uma tribuna política, mas um meio de informação do que acontece na administração. Deixando as críticas e as defesas para os órgãos competentes. E o julgamento para a opinião pública.

 

Deixando, a coordenação de comunicação, continuei a colaborar na medida do possível com a administração tanto nos oito meses seguintes de Dinaldinho como no período de dois meses em que servi à administração de Bonifácio Rocha.

 

Com a minha volta ao Ministério do Trabalho, continuei a minha atividade jornalística no mesmo diapasão. Tentando colaborar com Bonifácio e com Sales Júnior. Apontado falhas, sugerindo soluções e elogiando os acertos.

 

Diante da crise administrativa, com a saída de Sales Júnior, entrevi uma saída na eleição do Dr. Ivanes para a presidência da Câmara de Vereadores e, consequentemente, a posse como prefeito interino. Havia poucos vereadores com conhecimentos que poderiam ser úteis no exercício da administração municipal, mas acreditei que Dr. Ivanes reunia a coragem e a  independência necessária para enfrentar todas as barreiras que os administradores anteriores enfrentaram e, ao mesmo tempo, o jogo de cintura necessário para enfrentar uma Câmara de Vereadores indisposta por grande parte dela a ajudar. Ninguém pode duvidar de que o Prefeito não conseguirá administrar sem a colaboração da Câmara de Vereadores, (uma exigência do sistema democrático), razão pela qual tem que haver bom senso de ambas as partes. Os dois poderes, Legislativo e Executivo, são independentes, mas as coisas só funcionam se os dois forem harmônicos.

 

Ou o prefeito tem coragem para tomar medidas duras e antipáticas ou nada será feito para tirar a administração do fundo do poço. E a Câmara de Vereadores tem que colaborar com isto, senão o gestor não terá sucesso.  Esta colaboração pode ser com sugestões, com emendas aos projetos de iniciativa do Executivo, com projetos próprios. Só não pode cobrar em troca desta colaboração o atendimento de interesses pessoais, como alguns tem tentado fazer.

 

Por isso tenho feito uma defesa sistemática da administração. Não tenho nenhum interesse pessoal. O que me motiva é o interesse da cidade de Patos, a quem amo desde que aqui nasci. O que  faço é  por amor  a  Patos. Tenho amigos  que eventualmente ocuparam a prefeitura,  mas nunca  tive um adversário  na  Prefeitura. Quem me conhece, em quase quarenta anos de  jornalismo, sabe  que  minhas críticas sempre foram  construtivas, fosse quem fosse  o  prefeito.

 

Não tenho interesse em receber cargos nem benesse da Prefeitura. Um sucesso de Dr. Ivanes será um benefício para toda a população da cidade de Patos.

 

Estou muito bem onde estou. Sinto-me realizado com o trabalho que faço como auditor. Pago por mês de imposto de renda pelo que recebo como funcionário público, pouco mais do que os vencimentos do Coordenador de Comunicação. Portanto, não me move a ganância de ganho nem vantagens. O que me move é o amor por esta cidade que sempre me acolheu bem.  E podem ficar certos de que minha atividade oficial não contamina a minha atividade jornalística, nem vice-versa.

 

O que me move é a torcida para que Patos “saia do fundo do poço”. O que me move é o desejo de ver Patos bem administrada e sua população representada na Câmara de Vereadores por pessoas que queiram realmente o bem da cidade. Quem faz crítica sistemática à administração, quem procura atrapalhar o gestor, é que tem interesses inconfessáveis. E estes terão em mim sempre um crítico vigilante.

 

Quero aqui agradecer a colaboração que tenho recebido de colegas da imprensa independente e de amigos que tem colaborado com uma campanha de apoio desinteressado à administração, divulgando opiniões próprias, matérias e opiniões nossas sobre os problemas da cidade, as soluções possíveis e as medidas acertadas que são tomadas. E promovendo uma troca de informações pelas redes sociais, que tem abastecido esta campanha. A vigilância da imprensa é imprescindível para o sucesso da administração municipal no transe por que passa a cidade de Patos. Infelizmente, alguns colegas  dependem do  “milho” que recebem de vereadores  e empresários interessados em que as coisas não  andem  direito  na cidade,  para tirar  proveito disso. E  por isso  às vezes se calam ou endossam as  críticas. Quem esperava que déssemos os nomes aos bois, fica a frustração. O artigo ficou longo, em outra oportunidade voltaremos ao assunto., Mas para o bom entendedor, meia palavra basta.(LGLM)

 

Comentário do programa – O fato de  a Câmara de Vereadores não ter  aprovado  até agora o  novo Código Tributário do Município  traz  uma série de prejuízos tanto  para administração,  como  para  a  população  de  um modo  geral.

 

O  município perde por que impostos como IPTU só poderiam  ser  cobrados de acordo  com o  novo  código  se  este tivesse sido  aprovado até o final do mês,  o  que  dificilmente  acontecerá   por que se juntaram vários deles com interesses escusos para  atrapalhar a aprovação  do projeto. A prefeitura vai cobrar o IPTU 2020, com base no  Código  de 2006,  com  grande prejuízo  para a arrecadação.

 

O novo código, por  exemplo,  trazia  uma série de  benefícios  para os contribuintes, principalmente aqueles de  baixas rendas. Benefícios como  isenções e reduções das  incidências. No caso do IPTU os que teriam isenções  ou reduções só  vão  ter direito a elas em 2021,  Ou seja,  pessoas que  poderiam  deixar  de pagar  IPTU ou que  pagariam  em  valores  menores só vão  ter este direito  em  2021. O novo código também  traz incentivos fiscais para os que investem no município e estes incentivos vão demorar  ainda mais a serem concedidos.

 

A  prefeitura  está sem uma legislação que autorize  a  cobrança de ‘habite-se”  de novas construções,  o   que  estava previsto  no  novo código.  Com isso  a prefeitura  vai  perder  arrecadação. Para os senhores terem  uma idéia um  determinada  empresa terminou  uma construção  mas  só pode utilizá-la quando receber o “habite-se” quando  teria de pagar quase vinte  mil reais.  A prefeitura,  na  situação financeira  em que está, vai perder   de receber este dinheiro.

 

São vários casos  iguais a estes de  prejuízo  tanto  para a prefeitura como para os contribuintes.

 

E por que o atraso na aprovação do novo Código? Por que alguns vereadores com interesses em prejudicar a administração municipal estão  retardando  a aprovação do  projeto. Utilizam a desculpa de que têm prazo para dar um parecer sobre  o  projeto e retardam a apresentação deste parecer, quando poderiam abrir  mão dos prazos, como costumam  fazer  quando têm interesse  na aprovação  de um projeto. E o pior, passaram dez dias  sem trabalhar alegando que não queriam  atrapalhar  a Festa  de Setembro,  justificativa das mais fracas, quando estão  prejudicando  toda a cidade, por que durante estes dez dias poderiam ter aprovado o projeto. Mas, como  a maioria dos vereadores  não  gostam  de trabalhar, estão votando um  projeto  que lhes dá todo ano dez dias  de férias durante a festa da padroeira.  Por que não dão logo um feriado de dez dias para todo o mundo, durante a Festa para não atrapalhar e poderem gozar a ressaca de suas farras?

 

Para quem pergunta que interesse tem um vereador em  atrapalhar a  administração,  algumas dicas. Alguns  têm interesse  em manter  parentes e  amigos  seus em cargos  comissionados ou  como  contratados e  usam a função  para tentar pressionar  o   prefeito. Outros por  interesse  político próprio ou de seu partido político. Outros ainda por que, além dos cargos, querem dinheiro mesmo, como o famoso mensalão que alguns  teriam  recebido até pouco tempo atrás  e os  últimos prefeitos deixaram de pagar, razão pela qual passaram a ter grandes dificuldades no relacionamento com a Câmara de Vereadores. Tem  colega  de  imprensa que  tem  gravação em que determinado vereador manifesta a pretensão de receber seis mil reais por mês de um dos prefeitos interinos para apoiar projetos  seus, alegado que  antigamente recebia isso. (LGLM)

Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde 09 de março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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