STJ decide que Ricardo Coutinho continua usando tornozeleira (veja comentário no final da matéria) 

By | 08/03/2020 11:27 am

 

(Blog do Max Silva) 

 

Uma decisão da ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), obriga o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) a continuar usando tornozeleira eletrônica. 

Ela negou nesta quinta-feira (5), o pedido da defesa para retirar a tornozeleira eletrônica imposta a ele como medida cautelar pelo desembargador Ricardo Vital, relator da Operação Calvário no Tribunal de Justiça da Paraíba. Também havia sido solicitada anulação da medida que determina o recolhimento noturno do político. 

 

A defesa do ex-governador entende que houve excesso na imposição das cautelares pelo relator do processo. 

 

Ricardo Coutinho chegou a ser preso durante a Operação Calvário, mas conseguiu uma liminar no Superior Tribunal de Justiça para ser liberado. Recentemente ao analisar  um recurso do Ministério Público contra soltura dele, a corte manteve a decisão do ministro Napoleão Nunes Maia, mas impôs medidas cautelares e permitiu que o Tribunal de Justiça da Paraíba adicionasse outras sanções. 

 

O desembargador Ricardo Vital, da Paraíba, determinou então que Ricardo e outros acusados que tinham ganhado a liberdade, usassem tornozeleira eletrônica. 

 

Comentário nosso – Muita gente não está levando em conta que o uso da tornozeleira é uma concessão, um favorque a Justiça está fazendo a Ricardo Coutinho. As medidas cautelares determinadas pela Justiça são uma forma de manter os investigados por crimes em liberdade, mas ao mesmo tempo impedir que eles atrapalhem as investigações. No caso de Ricardo a Justiça determinou que ele não se afaste da comarca, que ele não tenha contato com outros investigados, justamente para evitar que eles façam ameaça a investigados e testemunhas, que não provoquem a destruição de provas e assim por diante. Isto poderia ser prevenido mantendo-o preso, o que implicaria em despesas com a hospedagem e em maior constrangimento. Outro dia ouvimos alguém estranhando que a Justiça estivesse dando a um criminoso de colarinho branco o mesmo tratamento que dava a um criminoso comum, esquecendo que todos são iguais perante a lei. E o Brasil só chegou à situação a que chegou por que os criminosos de colarinho branco sempre eram tratados com distinção e nunca tinham conhecido as prisões e os constrangimentos por que passam os criminosos comuns.   

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Category: Estaduais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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