O ex-prefeito do município de Bayeux, na Grande João Pessoa, Expedito Pereira, foi assassinado na manhã desta quarta-feira (9). O crime aconteceu no bairro de Manaíra, na capital paraibana.
De acordo com a Polícia Militar (PM), um homem em uma motocicleta de cor preta é o suspeito do crime, que aconteceu na Avenida Sapé, às 9h. Expedito foi atingido duas vezes, no tórax e no braço, próximo à residência onde morava no bairro.
Expedito Pereira era médico gastroenterologista e clínico geral. Foi vereador, prefeito e deputado estadual. Ele viveu na cidade de Bayeux, com irmãos e pais, na década de 60, vindos de Bonito de Santa Fé, no Alto Sertão. Filho de comerciante e ex-vereador, Expedito envolveu-se em diversos movimentos católicos e fundou a primeira comunidade eclesial de base em Bayeux, em 1968.
Estudou na Escola Estadual de Cruz das Armas e no Lyceu Paraibano. Trabalhou como balconista e foi orador oficial do Sindicato dos Comerciários de João Pessoa. Foi um dos fundadores do primeiro grupo de jovens daquela cidade, em 1967. De 68 a 70 fez curso de diácono na Arquidiocese da Paraíba.
Em plena ditadura militar, integrou movimentos estudantis, quando foi preso, em 68, e solto depois da intervenção de dom Helder Câmara (já falecido). Em 1970 ingressou na UFPE, onde cursou Medicina. Também na universidade pernambucana fez o curso de biólogo.
Formado, voltou para Bayeux e foi secretário de Saúde de Santa Rita, de 1986 a 88. Deixou o cargo para se candidatar a vice-prefeito de Lourival Caetano, eleito para mandato de 1989 a 1992. Em 1991 assumiu a diretoria do Hospital Edson Ramalho, em João Pessoa. Com a morte de Caetano, assumiu o cargo de prefeito de Bayeux em 92, sendo eleito em 1996 e reeleito em 2000.
Sobrinho de Expedito Pereira é suspeito da morte do tio
(Polêmica Paraíba)
Um homem identificado como “Jean”, que trabalhou como servidor na campanha do candidato a vereador Ricardo Pereira, sobrinho do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, morto a tiros por um homem em uma moto esta semana, se apresentou nesta sexta-feira (11) à polícia e revelou que foi ele quem pediu a um colega a moto usada no crime; após o depoimento prestado à polícia Jean foi preso.
Jean revelou ainda o nome deste colega, identificado como Leonidas e que agora esta foragido da polícia, Leonidas também trabalhou na campanha do Ricardo Pereira.
Segundo informações repassadas por parentes de Expedito, os motivos do assassinato ainda são nebulosos. Comenta-se que Ricardo esteve no local do crime e se portou com a frieza própria dos criminosos. E também foi presença destacada no enterro de Expedito.
Nesta segunda-feira (14), a Polícia deve convocar uma coletiva para explicar detalhes da investigação do crime contra o ex-prefeito. O sobrinho de Expedito também deverá ser ouvido nesta segunda para esclarecimentos.