Prefeito de Patos critica governador João Azevedo por ter convidado apenas JP e CG para reunião sobre Covid-19. “O Sertão merece mais respeito”
(Patosonline.com)
Na noite deste domingo, 07 de março, o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), postou em sua rede social um comentário lamentando a atitude do governador João Azevedo de não ter convidado representantes do sertão para a referida reunião.
Na postagem o chefe do executivo patoense desabafou: “Lamento que num momento importante de tomadas de decisões que mexe com a vida dos paraibanos, nenhum representante do Sertão tenha sido convidado a participar da reunião com o governador e outras autoridades, para discutir medidas de prevenção para conter a propagação da covid-19”, disse Nabor.
Em outro trecho da postagem o prefeito de Patos chega a pedir respeito ao sertão: “O Sertão soma mais de um milhão de habitantes e nossa realidade é bem diferente das de Campina Grande e João Pessoa. O Sertão merece mais respeito”, completou Nabor Wanderley.
O governador João Azevêdo se reuniu, neste domingo (7), por videoconferência, com representantes dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado, Assembleia Legislativa e Prefeitura de Campina Grande. Na pauta estava o agravamento da pandemia do novo coronavírus e a alta ocupação de leitos Covid.
Participaram da videoconferência apenas o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino; o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima; o presidente do TJPB, Saulo Benevides; o presidente do TCE, Fernando Catão; e o procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico; além de gestores da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Nossa opinião – Concordamos com Nabor. O Sertão merece respeito. Só que os nossos representantes não se dão a respeito. Medigam alguns poucos cargos comissionados para seus cabos eleitorais e ficam subservientes ao governador com medo de perder os cargos. Não se ouve um movimento de contestação ao governador de parte de nenhum prefeito ou deputado sertanejo. O que é que eles querem. Se já estão “no bolso” do governador este não se acha não obrigação de ouvi-los e consultá-los. E isto vem de bem longe no tempo. O prefeito de Campina Grande está aí dando um exemplo de contestação ao governador do Estado, contra a sua afirmação de que não houve redução de leitos hospitalares e de UTI na Paraíba. E, por estas e outras, é convidado a participar das reuniões que vão decidir as medidas sanitárias que serão baixadas na tentativa de melhorar o combate à pandemia.