O pior cego é aquele que não quer ver

By | 24/04/2021 11:40 am

(UMA POR DIA… *Mísael Nóbrega de Sousa, (22/04/2021)

Um dos maiores gargalos da administração pública reside nas obras inacabadas. E 99% da culpa de a grande maioria delas estarem inconclusas é do próprio governo.

Porém, destaco a troca de governantes como o principal agravante.

Uma transição bem feita é indispensável para que a gestão não sofra solução de continuidade.

E isso depende muito de vontade política.

Além do prejuízo financeiro empregado em estruturas que permanecem por muito tempo sem execução, há o desgaste moral de ver aquele equipamento se tornar um elefante branco.

Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU) existem cerca de 14 mil obras inconclusas em todo o país e seria preciso desembolsar perto de R$ 40 bilhões pelos governos federal, estadual e municipal para que fossem concluídas.

Algumas delas estão aqui bem debaixo do nosso nariz, abandonadas por inoperância administrativa.

Nos cem primeiros dias de gestão do prefeito de Patos, o município perdeu 30 milhões em recurso de CONVÊNIOS e CONTRATOS DE REPASSE. Quem assume o bônus, assume também o ônus.

“Só para citar o contrato de número 1039974-56/2017 assinado em 19 de outubro de 2017, que tinha como finalidade a construção da praça da juventude próximo à estação ferroviária, foi feito o distrato e, posteriormente, devolvido o recurso no montante de R$ 880.257,51 pelo fato do município não ter a titularidade do local, pois diante da instabilidade política e administrativa, nenhum dos quatro gestores antecessores, conseguiram viabilizar e dar continuidade a obra, o que fez os recursos se tornarem insuficientes para o projeto, dessa forma o deixando inexequível”.

O pão nosso de cada dia é cada vez mais negativo: obras inacabadas e dinheiro que retorna para a União por perder o objeto.

E nada parece nos indignar. O pior cego é mesmo aquele que não quer ver.

 

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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