(Marco Antônio Carvalho, Repórter de Metrópole)
O primeiro lote de um milhão de doses da Butanvac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan, começou a ser produzido nesta quarta-feira, 28. O governo de São Paulo prevê que 18 milhões de doses estejam prontas no início de julho. Mas a pesquisa, aprovação e a distribuição do imunizante fabricado 100% no País deve seguir um caminho complexo. É que ainda falta uma parte importante do processo: os testes em humanos. Para avançar nessa etapa, o Butantan solicitou na semana passada a autorização à Anvisa para iniciar o estudo. Mas nesta terça-feira, 27, ouviu da agência que os documentos enviados eram insuficientes e um pedido por informações complementares foi feito pelo órgão federal. O instituto sediado em São Paulo já informou que mantém contato para “viabilizar os esclarecimentos necessários”. Enquanto a Butanvac não avança, várias cidades do País continuam enfrentando problemas com o estoque de vacinas. A opção em municípios de ao menos oito Estados tem sido adiar a aplicação da segunda dose, o que deixa “centenas de milhares de pessoas com o esquema de proteção incompleto”, como mostramos aqui. O Ministério da Saúde espera distribuir novas doses a partir de amanhã. “O Brasil com suas 38 mil salas de vacinação, aplicando uma vacina a cada 5 minutos em 8 horas de funcionamento por dia e trabalhando 20 dias por mês, conseguiria vacinar 60,8 milhões de pessoas por mês”, explica aqui o colunista Gonzalo Vecina. No País, contudo, ainda faltam doses para pôr esse plano em prática |