Em um áudio que circula em grupos de WhatsApp, o diretor do Complexo Hospitalar Regional de Patos, Francisco Guedes, faz um alerta à população da região metropolitana de Patos pela alta ocupação de leitos para o tratamento da COVID-19, nessa terça-feira (11).
De acordo com o diretor, o cenário da pandemia volta a se agravar em Patos. Ele disse que já está tomando medidas para reativar leitos que já haviam sido desativados, para que estejam prontos caso uma situação mais grave venha a se formar.
“Nós estamos com 88% de ocupação de UTI e 60% de ocupação de enfermaria. Estamos voltando a vivenciar um crescimento diário de ocupações tanto nas UTI’s como em enfermarias. É um dado preocupante. Já estamos reunidos com a coordenação do setor de COVID-19 para discutirmos já algumas estratégias e novamente rever a situação, junto ao Noaldo Leite, para já reativarmos os leitos daquela unidade. Isso mostra que a população está fazendo uso indevido da flexibilização do Governo do estado”, declarou Dr. Francisco.
Ele disse ainda que o aumento de casos é consequência da flexibilização das restrições por parte do governo estadual, quando a população passa a voltar à vida normal e compromete a batalha contra a pandemia.
“Se as pessoas de fato se conscientizarem e evitarem aglomerações teremos um cenário cada vez mais tranquilo. Observamos que quando há medidas restritivas, há diminuição de casos, mas quando há flexibilização, os casos voltam a crescer. Se a população contribuir teremos sim um cenário diferenciado”, comentou o diretor.
Nossa opinião
Desde a semana passada que vimos chamando a atenção para o grande número de pessoas internadas na UTI do Hospital Regional e do Hospital Infantil. Desde o dia três de maio só houve um dia em que o Hospital Regional junto com o Hospital Infantil não tiveram uma ocupação inferior a 65% em seus 37 leitos de UTI. O Hospital Regional sozinho tem se mantido acima de 75%. Isto apesar da queda dos infectados nos últimos dias. O que pode indicar que a taxa de transmissão se mantém num nível mais baixo, mas a gravidade da doença está se tornando maior. O que torna cada vez mais urgente a manutenção dos cuidados e o aumento da taxa de vacinação. (LGLM)