(José Romildo de Sousa)
No ano de 2002, mais precisamente no dia 07 de novembro, a cidade de Patos comemorou de forma intensa o resgate de um dos seus mais ilustres filhos: Zezinho de Cruz – José Gomes de Lucena – o primeiro carteiro da cidade, fato acontecido em 1913.
As comemorações tiveram início na Casa Juvenal Lucio de Sousa, onde os familiares e amigos de Zezinho se reuniram para reverenciar a sua memória. Encerrando a solenidade na Câmara de Vereadores, todos os presentes foram convidados a se dirigirem para a sede da agência dos Correios e Telégrafos, na rua Epitácio Pessoa, onde foi feita a aposição de uma foto de Zezinho de Cruz e outra do prédio antigo dos Correios em Patos. Na oportunidade, várias autoridades usaram da palavra enaltecendo a vida e a obra do homenageado.
José Gomes de Lucena, também chamado por Zezinho de Cruz era filho de José Cruz de Lucena (Seu Cruz) e Maria Gomes da Cruz. São seus irmãos: Lilia, Tininho e Joãozinho e, do segundo casamento do pai: Maria Diva de Lucena Brandão (viúva de Seu Hermes Brandão) e Marly Cavalcante de Lucena. Natural de Patos, nasceu em 03 de outubro de 1896.
Zezinho casou-se pela primeira vez com Eulália Castelliano de Lucena (Lalinha) com que tivera os seguintes filhos: Aluízio Catelliano de Lucena, Maria do Carmo Castelliano de Lucena, Luiz Castelliano de Lucena, Cândido Castelliano de Lucena e Francisco Castelliano de Lucena. Contraiu núpcias pela segunda vez com Anatildes Neves de Sá – irmã do Padre José Neves de Sá – nascendo deste enlace matrimonial os filhos: Maria do Socorro, Maria de Lourdes Neves de Lucena e José Neves.
Foi o primeiro carteiro da cidade em 1913. Antes as cartas eram procuradas no próprio prédio dos correios.
Zezinho foi também o segundo motorista de automóvel de Patos (o primeiro foi Chico Wanderley), foi o segundo sacristão da cidade (o primeiro foi Chiquinho Sacristão) e foi o segundo titular do cartório de registro civil de nascimento, casamentos e óbitos (o primeiro foi o professor João Norberto). Fez parte da primeira banda de música amadora de Patos, que aqui existiu entre 1914 e 1920. Tocava saxofone, flauta, violão e órgão. Nessa época os músicos compravam seus próprios instrumentos. Foi seu colega nesta banda o Dr. Drault Ernany.
Zezinho de Cruz veio a falecer em 11 de dezembro de 1983, na capital do Estado, sendo seu corpo sepultado no cemitério São Miguel, em sua terra natal.