O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, dia 05, o Projeto de Lei 591/2.021, que acaba por abrir o caminho para privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Foram 289 votos a favor da privatização, 173 contra e 02 abstenções.
Dos deputados federais da Paraíba, apenas o deputado Hugo Mota (republicanos) votou para que os Correios sejam entregues ao capital privado. A postura de Hugo Mota mostra sua total afinidade com o presidente Bolsonaro que está, juntamente com seus filhos e o Ministro da Economia Paulo Guedes, defendendo a privatização dos serviços públicos.
O projeto autoriza a venda dos Correios em leilão e algumas empresas multinacionais de capital privado e misto já demonstraram interesse em comprar a empresa lucrativa, de maior logística na entrega de cartas e encomendas do Brasil.
Para Danilo Perônico, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios na Paraíba (SINTECT/PB), é importante que a sociedade perceba que Hugo Mota foi o único a votar favorável ao projeto e o próprio Hugo havia pedido urgência na votação do projeto. “Nos últimos 20 anos, os Correios deram um lucro de 12,5 Bilhões de Reais…é a única empresa presente em todas as cidades do Brasil. Os Correios é a terceira melhor estatal brasileira, mas vem sendo atacada para que a sociedade tenha informações distorcidas”, relatou Danilo.
“A empresa vai deixar de ser pública e vai passar a ser um monopólio privado. Esse debate tem que ser levado ao conhecimento da sociedade para que ela saiba o que uma venda dessa significa para o Brasil. O projeto tem uma ação no STF por ser inconstitucional e já tem o parecer da Procuradoria Geral da República que afirma isso. Agora estamos esperando um posicionamento da relatora Carmem Lúcia”, comentou Danilo.
Nossa opinião
Quando um parlamentar vota contra a nossa opinião, mas o faz por convicção própria, nós temos que respeitá-lo no seu direito de pensar diferente, Mas quando ele o faz por subserviência, para não desagradar a um “patrão” ou por uma conveniência pessoal, ele não merece nenhum respeito. A história lhe dará a resposta! (LGLM)