Ao invés de se comportarem como executivos, presidentes do BB e da Caixa se comportam como “puxa-sacos”

By | 29/08/2021 11:21 pm

Câmara quer ouvir Guedes e presidentes do BB e Caixa sobre saída dos dois bancos da Febraban

Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, deputado Aureo Ribeiro, disse que vai apresentar requerimento

O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse neste domingo, 29, que vai apresentar um requerimento para ouvir o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.

O deputado quer entender a decisão dos bancos de deixar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “Quando você politiza essa questão dos bancos, é muito triste, a gente começa a ficar preocupado. Quero entender, de fato, o que está acontecendo, não dá para a gente ficar nessa economia ideológica”, afirmou Aureo Ribeiro.

Câmara
Plenário da Câmara dos Deputados Foto: Dida Sampaio/ Estadão

O requerimento será apresentado nesta segunda-feira como prioridade, segundo o parlamentar. A ideia é que o convite seja aprovado ainda nesta semana e uma audiência única com os três seja marcada dentro de 15 dias.

Convites. O Banco do Brasil e a Caixa resolveram deixar a Febraban e já avisaram a decisão a Paulo Guedes, e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conforme apurou o Estadão/Broadcast. Paulo Guedes e os presidentes do BB e da Caixa serão convidados a comparecerem à Câmara. O presidente da Comissão afirma que, se o ministro da Economia faltar, ele será convocado.

Desta forma, Guedes seria obrigado a ir à Câmara prestar os esclarecimentos. Pedro Guimarães e Fausto Ribeiro não podem ser convocados, apenas convidados.

BB e Caixa teriam encaminhado nota à Febraban, comunicando a saída da entidade caso o manifesto seja publicado. No governo, quem liderou o movimento de ruptura dos bancos públicos com a Febraban foi o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que mantém grande proximidade com Bolsonaro.

A relação dos bancos públicos com os privados já estava ruim na Febraban, ao ponto de uma associação nacional dos bancos públicos estar sendo cogitada.

Nossa opinião

  • Muito estranho o comportamento dos presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Ao invés de se comportarem como executivos estão se comportando como “puxa-sacos” do patrão. Se não concordam com o manifesto elaborado pela Febraban em que esta faz  um pedido de harmonia entre os três Poderes, podiam apenas deixar de subscrevê-lo, alegando lealdade ao Governo.  A Febraban não está pedindo nada escuso, apenas manifestando “grande preocupação” com a “escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas”, sem citar o Presidente da República. O que é a preocupação de todas as pessoas que se importam com o país.  Esta escalada de tensões e hostilidades não é boa para a economia e não é boa para ninguém. Só interessa a quem está desesperado pela iminência de uma derrota nos seus planos de reeleição e está relegando suas obrigações de governante para se preocupar apenas com a sua intenção de permanecer no Governo.  Mesmo que isso apenas aprofunde o descalabro administrativo e econômico em que o país vive. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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