A redação do Patosonline.com recebeu na tarde desta quarta-feira, 29 de setembro, o contato de uma dos responsáveis pela Ong Adota Patos. Ele informou que o projeto de contração de animais idealizado, e mantido por alguns meses em parceria com a Prefeitura Municipal de Patos, tinha chegado ao fim.

Rafael Dantas (responsável pela Ong), enviou uma nota a nossa redação, onde explica tudo e faz um desabafo sobre o assunto.

Veja:

É com imensa tristeza que comunicamos a suspensão do projeto de castração da ONG Adota Patos. Também informamos que a parceria entre prefeitura e ong, que não foi definida em documento oficial, pois o secretário de saúde SEGUNDO mesmo cumprindo sua palavra á época, não teve tempo para oficializar juridicamente. No entanto, foi dito pelo prefeito que seria seguido o cronograma estabelecido pelo saudoso e homem de palavra SEGUNDO. Acontece que em meados de julho foi feita matéria dando conta da parceria para castração de animais de rua, em parceria com a ong adota Patos; fotos e secretários e vereadores e demais envolvidos estiveram no local onde a ong montou o projeto, tendo reformado partes do prédio e conseguido a certificação do CRMV para funcionamento legal das cirurgias. A prefeitura por sua vez entraria com dois médicos veterinarios e os insumos para castração de cães e cadelas em situação de rua. Parte foi cumprida, contratados dois médicos veterinários. Os insumos vinham a conta gotas e insuficientes, quando não vinham diferentes do material correto a ser utilizado. Buscamos de tudo para solucionar o problema, inclusive até comprar material sem ter condições financeiras para tal. Como não houve retorno por parte dos responsáveis, nós decidimos exigir que fossem colocadas em contrato as obrigações das partes e assim retomaríamos os procedimentos.

Diga-se de passagem que a parceria durou pouco mais de um mês, justamente pela falta de insumos necessários e essenciais para realização das CASTRAÇÕES. Foi então que fomos pegos de surpresa com a retirada dos veterinários e o pedido de devolução dos equipamentos cedidos á ong.

Não nos admiraria se o próximo passo não seja pedir o prédio onde a ONG com tanto trabalho e esforço reformou e fez de um prédio abandonado, algo de bom para os animais e para sociedade PATOENSE, já que nosso trabalho é reconhecidamente de utilidade pública e também de saúde pública. Mas o que mais revolta é a inércia do prefeito em relação aos problemas de animais de rua, já que é crescente as demandas e notória a falar de atenção com os casos vistos em nossa cidade.

Mas seguimos firmes e temos certeza que a sociedade PATOENSE há de se mobilizar para que o trabalho de castração não fique parado.

Diante de tudo exposto, queremos agradecer a todos os colaboradores e pessoas que nos ajudam diariamente, e dizer que vamos seguir firmes e em breve estaremos de volta dando nossa contribuição e fazendo pelos ANIMAIS, pois feliz daquele que tem a lealdade de um animal, já que os homens não inspiram tanta confiança, e menos ainda aqueles que se dizem gestores da coisa pública. Pensamos nós que uma coleira vale muito mais do que uma gravata manchada de certos tipos de atitudes.
Deus nunca abandona os seus e certamente vai mostrar uma solução.

Ong Adota Patos

O Patosonline.com deixa aqui o espaço aberto para a versão da Prefeitura Municipal de Patos.

Nossa opinião

• O problema vem afligindo a cidade de Patos há bastante tempo. E agora vem espocando nas redes sociais notícias de episódios de cães que agridem pessoas e outros animais. Para culminar apareceu uma notícia dando conta de que uma pessoa teria sido contaminada por um desses animais de rua. Tudo isso continua a exigir providências do poder público municipal. As “ongs” interessadas no assunto vem fazendo a sua parte e tentando de todos os modos ajudar na minimização dos problemas. Agora foram surpreendidos por este episódio em que se frustra um dos mais importantes serviços que se desenvolvia para controlar a quantidade de animais na ruas. A castração de machos e fêmeas responsáveis por uma produção desenfreada, principalmente de cães. O episódio torna cada vez mais premente a necessidade de a população e entidades preocupadas com o assunto, procurarem a Justiça para obrigar o poder público a tomar as providências necessárias para resolver o problema. A administração municipal tem que tomar uma série de providências para a solução do caso. Providenciar o tratamento de cães e gatos doentes. Acolher e tratar animais abandonados. E colaborar com todo esforço feito pelas entidades de proteção aos animais. E para isso só resta um caminho, já que a administração tem fugido de tomar as providências que lhe cabem. Recorrer à Justiça. (LGLM)