(Resenha Politika, com comentário nosso)
A sessão especial conjunta da Assembleia Legislativa da Paraíba, Câmara Municipal de Cajazeiras e Academia Cajazeirense de Artes e Letras (ACAL) em homenagem ao centenário Monsenhor Luiz Gualberto de Andrade, ficou marcado por encontros, histórias, lembranças, depoimentos e o discurso indignado do ex-vice-prefeito de Cajazeiras e padre Francivaldo Albuquerque, que não poupou críticas aos nove vereadores de Cajazeiras que faltaram.
“Tem absurdo maior do que um parlamento de uma cidade ser feito para criar leis, para homenagear, e aqui só ter seis vereadores e o resto ficar em casa? Eu acho que Gualberto não representa nada para o restante. Eu tenho pena e peço uma salva de palmas para os seis que estão presentes”, disse o padre que foi um dos organizadores das festividades.
Nossa opinião
- Tem toda razão o Padre Francivaldo. E Cajazeiras fazia uma homenagem bem justa a quem tanto bem lhe fez. Mas, tem muito analfabeto que não dá valor a quem sabe ler. Monsenhor Gualberto foi um grande educador e um dos homens mais inteligentes que conheci, um intelectual admirável. E isto incomoda a muitos analfabetos pelo contraste entre a sua insignificância e a magnificência alheia. Posso falar porque conheci Monsenhor Gualberto de perto. Durante cinco dos meus seis anos no seminário de Nossa Senhora da Assunção, tive-o como reitor e professor e aprendi a conhecer a sua grandeza moral, intelectual e pessoal. Mas a Cajazeiras que ensinou a Paraíba a ler, escolhe um bando de analfabetos para sua Câmara de Vereadores e paga o preço por isso. Ainda bem que escaparam 40% dos seus vereadores com dignidade e respeito pelo valor de quem tem valor. (LGLM)