(Jozivan Antero – Polêmica Patos, seguido de comentário nosso)
A demissão da professora Daniele Abilio Silva, que lecionava Inglês e Espanhol na Escola Estadual Maria Lourdes Meira, em São José do Bonfim, região metropolitana de Patos, revoltou a comunidade escolar. Daniele é reconhecida pela dedicação, apreço e competência como professora que ministrava suas aulas e dirige projetos que estavam sob sua responsabilidade.
Lília Camila, que é estudante do 2º ano do ensino médio na Escola Estadual Maria de Lourdes, disse que a demissão da professora prejudicou de forma direta vários estudantes, pois Daniele estava como coordenadora do programa Gira Mundo e também envolvida no Projeto de Vida, no qual jovens se empenham e tem referência na professora.
Vinícius Lins, que é também estudante da referida escola, buscou a reportagem para saber os motivos que levaram à demissão repentina da excelente professora e que desempenhava suas funções de forma exemplar. Vários outros estudantes estão fazendo a mesma pergunta e sem respostas diante da notícia da demissão que logo se espalhou por São José do Bonfim.
A professora Daniele Abilio pode ter sido vítima de perseguição política envolvendo interesses por cargos de contratados junto ao Governo do Estado da Paraíba. A professora tem agido dentro da ética profissional, mas esse fato não faz diferença quando a visão de alguns políticos é apenas de politicagem e não dos interesses que primam a educação que forma também cidadania.
A reportagem fez contato com a gerente da 6ª Gerência Regional de Educação (6ª GRE), que tem sede em Patos. Genilúcia Medeiros disse que não tem informações sobre o desligamento da matrícula da professora e os motivos para tal. Daniele, de acordo com Genilúcia, é uma boa professora e não existe nenhum registro de queixa sobre ela.
Nossa opinião
- Tentamos descobrir se havia alguma questão política local por trás da demissão da professora mas não conseguimos nada. A não ser que o fato tenha ligação com as origens da professora que segundo dizem é da cidade de Teixeira. Uma pessoa amiga que comentou o assunto com a lider maior do Bonfim, a ex-prefeita Rosalda Nóbrega, disse que Rosalba teria se surpreendido com os comentários e, inclusive, teria perguntando quem era essa professora que nem conhecia. Isto não quer dizer que não haja no fato, implicações políticas, pois numa era de desemprego como essa, uma vaga de professora estadual contratada sempre é cobiçada e objeto de transações políticas. Resta descobrir quem indicou o substituto para deduzir a quem interessava a troca. (LGLM)