Gestão de Jair Bolsonaro costuma não perdoar quem vai contra seus interesses ao fazer o seu trabalho
– Ricardo Saadi. Vítima da intriga de policiais bolsonaristas no RJ. Ele era superintendente da PF no RJ, e sua troca foi anunciada na portaria do Palácio do Alvorada, em agosto de 2019.
– Maurício Valeixo. Ex-diretor-geral da PF, entrou no radar bolsonarista quando defendeu Saadi e contradisse Bolsonaro dizendo o desejo de Bolsonaro demiti-lo não era por produtividade, como havia alegado o presidente.
– Rolando de Souza. Ex-diretor que substituiu Valeixo, resistiu à pressão de Bolsonaro, que queria trocar alguns cargos na PF.
– Bernardo Guidali Amaral. Delegado do Serviço de Inquéritos Especiais, pediu a abertura de um inquérito para investigar Dias Toffoli, acusado de receber propina de R$ 4 milhões em troca de uma decisão do TSE. Foi rifado em um gesto de aproximação de Bolsonaro com o magistrado
– Hugo Correia. Ex-superintendente do DF, acusado de dar liberdade demasiada para seus subordinados que investigavam o círculo bolsonarista.
– Alexandre Saraiva. Delegado no Amazonas, investigou Ricardo Salles na operação que o relacionou com um grupo que exportava madeira da Amazônia ilegalmente.
– Thiago Leão. Delegado responsável pela operação Handroanthus, responsável pela maior apreensão de madeira ilegal da história da PF e que também investigava Ricardo Salles.
– Max Eduardo Pinheiro. Teve uma promoção no Amapá negada porque teria autorizado Alexandre Saraiva a dar entrevista sobre investigação sobre Salles.
– Franco Perazzoni. A sua ida para a chefia do combate ao crime organizado no Distrito Federal foi vetada depois que negou acesso à cúpula da PF acesso ao inquérito que investigava Salles.
– Rodrigo Fernandes. Delegado que investigou o atentado contra Bolsonaro. Ele concluiu que não foi um complô da esquerda e, por isso, teve sua promoção negada.
– Graziela Costa e Silva. A delegada coordenou um abaixo-assinado em apoio a Felipe Leal. Ela também teve uma promoção negada.
– Carla Patrícia Cintra Barros da Cunha. Ela foi removida da chefia da Superintendência de Pernambuco porque apoiadores do presidente apontavam supostas ligações da delegada com o governo do estado, do PSB.
– Antonio Marcos Lourenço Teixeira. Comandava a segurança de Bolsonaro na eleição. Na ocasião, brigou com um motorista que destravou a porta do carro onde Bolsonaro estava a pedido do então candidato, que queria abraçar a multidão. Foi o suficiente para virar desafeto. Neste ano, foi afastado da chefia do Comando de Operações Táticas.
Nossa opinião
- Lembrança de um político local que mandava prender para a família ir procurá-lo e ele mandar soltar. Contrariar Bolsonaro, os filhos ou os amigos é um risco até para Delegado da Polícia Federal. Adilton, memória da politica local, se lembra dele!. (LGLM)