Isso equivale a mais uma dose de reforço para imunizar o país contra a eleição polarizada entre Lula e Bolsonaro
Então, a terceira via cederá vez a outro achado que sugira aos eleitores uma oferta maior de candidatos na esperança de que mais adiante um deles ou mais de um se destaquem como alternativas a Lula e Bolsonaro No momento, e até onde a vista alcança, o páreo presidencial continuará restrito a Lula e Bolsonaro.
O que enterrará a terceira via foi a falta de fôlego de Doria e Leite, há meses expostos ao escrutínio público, mas lanterninhas nas pesquisas de intenção de voto. Não conseguiram empolgar nem mesmo o PSDB. Se vencer as prévias, Doria não unirá o partido. Se Leite vencer, unirá para desistir depois.
A próxima campanha será no melhor estilo Quentin Tarantino, puro sangue. A maioria dos eleitores gosta de ver sangue aos borbotões, mas quando ouvidos em pesquisas dizem o contrário. Sem dúvida, correrá mais sangue se a eleição resumir-se a Lula e a Bolsonaro. A não ser que acabe antes se um um deles disparar.
Difícil que Bolsonaro dispare. Lula teria como, com Geraldo Alckmin de vice. A Faria Lima respiraria aliviada. O touro dourado ficaria em paz. Mas se isso acontecer não será tão cedo, nem fácil. Por enquanto, cada um seguirá o seu destino – Alckmin, como candidato a governador de São Paulo pelo PSD de Kassab.