(Genival Junior, no Patos Online em 26 de dezembro de 2021, com comentário nosso),
A confirmação da já esperada desistência de dr. Érico, começou a mexer com o cenário político de Patos, na corrida pela definição das candidaturas a Assembleia Legislativa no próximo ano.
Tendo sido o mais votado em 2018, com 14.626 votos, a posição do parlamentar agregaria forças a qualquer candidatura, embora há de se considerar que muitos desses votos teriam de ser reconquistados, qualquer que seja a sua posição, e outros naturalmente migrariam para outras candidaturas.
Com um eleitorado formado por um público caracteristicamente contrário ao prefeito Nabor Wanderley, seu principal concorrente em 2018, a análise teria que partir considerando qual seria o tamanho de Dr. Érico no momento atual, e buscando entender até onde ele poderia chegar eleitoralmente falando, a depender de qual postulação viesse a apresentar ao eleitor de Patos.
Então, qual será o caminho de Dr. Érico em 2022? Se Ramonilson Alves, hoje, principal opositor ao grupo de Nabor Wanderley, se uma candidatura de interesse do governador João Azevedo, que não seja Francisca Mota, apoiada por Nabor, um outro nome, ou mesmo uma retomada de seu projeto como alguns acreditam, ninguém sabe ao certo, mas sabemos é que não pode ser tardia, pois em política tempo é voto, e este, representa o sucesso ou fracasso de qualquer projeto.
Em uma eleição que promete ser bastante disputada, e com regras diferentes das que estávamos acostumados, a pura e simples posição de Dr. Érico em abrir mão do direito de disputar a eleição, ainda deixou em aberto a sua real tendência em termos de tomada de posição.
Uma coisa é certa, se esperamos três anos para saber se Dr. Érico concorreria a reeleição, devemos esperar pelo menos mais seis meses para que saibamos em que palanque estará em 2022.
Nossa opinião
Carreira de médico na política é curta. Dentre os que militaram em Patos, a carreira mais longa foi a de Zé Tota. Vice-prefeito de Teixeira, prefeito de Mãe Dágua, deputado estadual e vereador em Patos. Hugo Motta, com respaldo da avó Francisca Motta, está no terceiro mandato de deputado estadual. Ivanio Ramalho foi deputado e prefeito de Patos. Olavo Nóbrega foi prefeito de Patos, mas perdeu uma segunda eleição de prefeito. Rivaldo Medeiros foi prefeito elegeu a esposa deputada e prefeita e se elegeu deputado federal. Ainda fez um filho suplente de deputado estadual, mas depois não conseguiu nem eleger a segunda esposa, vereadora. Dinaldinho foi deputado estadual e prefeito, mas não cumpriu o mandato de prefeito todo. Carlos Candeia foi muito votado para prefeito, mas perdeu, e conseguiu um mandato de deputado e ficou nisso. Dr. Érico ameaçou ser candidato a prefeito e terminou se elegendo deputado estadual, como o mais votado em Patos. Mas ao que parece não vai passar de um mandato na Assembleia. Todos eles bons profissionais na Medicina, mas na maioria não foram muito longe na política. Com o avanço do SUS, com os programas de saúde da família, a carreira política de médicos, está ficando restrita aos pequenos municípios. Um caso interessante, Dr, Ivânio, excelente médico, foi vice-prefeito mais de uma vez, influiu em várias eleições, mas hoje não consegue ajudar o irmão a se eleger vereador. Quanto ao eleitorado do Dr. Érico, duvidamos que ele ainda consiga juntar eleitores suficientes para ajudar um candidato, embora tenha ajudado a eleger um vereador, nas últimas eleições. (LGLM)