12 de janeiro de 2022 às 07h34
De repente, Sergio Moro virou o assunto. De bem ou de mal, tem alguém falando do novo candidato na ágora política nacional.
Já disse aqui e no desabrochar da candidatura que Moro incomoda a renitente e histérica polarização brasileira. Não sabia quanto.
Na passagem pela Paraíba, a viralização de trecho de sua entrevista ao autor do Blog – upara a Rede Mais – varreu qualquer dúvida: Moro é o alvo comum do momento, figura a ser desconstruída e abatida antes do voo.
É absolutamente sintomático o fato do já famoso trecho do candidato comparando eficácia e reveses do Plano Real com a Lava Jato ter sido bombardeado nas redes, tanto por famosos perfis de esquerda quanto pelo senador Flávio Bolsonaro.
Até Ciro Gomes (PDT), o mais diretamente prejudicado pela candidatura do homem da Lava Jato, não resistiu à tentação, compartilhou e caiu de pau.
Em tempo precoce, Moro conseguiu oferecer perigo ao confronto Lula x Bolsonaro, bolha que o competente e testado Ciro – candidato pela quarta vez – não furou.
Para um principiante sem vivência na malícia do xadrez político e pouco afeito ao outro lado do balcão, o ex-juiz demonstra segurança nas entrevistas, não foge de perguntas e se esforça para ser propositivo. Tá longe da perfeição, mas muito distante do desastre da avaliação dos seus críticos.
Se os notórios personagens do debate político estão se ocupando dele, é porque Moro passou, definitivamente, a frequentar a roda grande de 2022. Elementar.
Ninguém nesse ramo é besta. Só entra na mira da artilharia das militâncias e estratégias dos adversários quem realmente tem relevância, ameaça crescer e ocupar lugar. Quem incomoda. É o caso do ex-ministro.