Os constantes sinais de queda na intenção de voto em Jair Bolsonaro entre o eleitorado evangélico começam a preocupar governistas e gente do “bolsonarismo raiz”. Nem as mais recentes declarações defendendo a agenda conservadora nos costumes nem a indicação de André Mendonça para o STF parecem ter sido suficientes para alterar o rumo dessa tendência. Os motivos da corrosão são incertos e, muito provavelmente, passam pelas dificuldades dos brasileiros na economia. Porém, começa a ganhar força a ideia de que atitudes de Bolsonaro no cotidiano, como dançar funk em uma lancha junto com uma mulher de biquíni e sugerir pouco apreço ao trabalho, estão repelindo evangélicos.
COLADOS. Segundo a mais recente pesquisa Genial/Quaest, Lula (PT), com 35%, e Bolsonaro (PL), com 34%, estão tecnicamente empatados em intenção de voto para presidente entre os eleitores evangélicos.
MAIS ESSA. Um líder evangélico do Congresso lembra ainda que Bolsonaro deixou uma imagem de “corpo mole” durante o trâmite da indicação de André Mendonça, o “terrivelmente evangélico”, para o STF.
VEM MAIS. Claro, Bolsonaro também apostará na radicalização do discurso conservador e no ataque a adversários.
LULA EM BAIXA. A mesma pesquisa Genial/Quaest, com exclusividade para a Coluna, aponta dificuldades para Lula entre o agronegócio brasileiro. Na região Centro-Oeste, “celeiro do País”, o petista tem 28% ante 38% de Bolsonaro.
VOLTA… Desde que esteve com Lula e Fernando Haddad em um jantar no fim do ano passado, em São Paulo, Marta Suplicy tem alimentado sonhos de que poderá voltar ao PT. Ela deixou o partido em 2015, durante a crise que acabaria derrubando Dilma Rousseff, seu desafeto na sigla.
…MARTA? Quem se empenha em criar condições para o retorno de Marta é o advogado Marco Aurélio de Carvalho. Segundo o militante petista e coordenador do Grupo Prerrogativas, eventuais mágoas devem ficar no passado. “O momento é de olhar para frente e reconstruir o País”, afirma ele.
PARA LEMBRAR. Marta, que ocupa a Secretaria Municipal de Relações Internacionais na administração Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, saiu do PT dizendo não ter como “conviver” com escândalos.
PRONTO, FALEI!
João Amoêdo, ex-presidente do Partido Novo: “A reforma política deveria começar pelo fim de dinheiro público para legendas e campanhas”, após Estadão mostrar desvios no uso do Fundo Partidário.