(Heron Cid, no Mais PB), em 17 de janeiro de 2022)
Para um 2021 que só tinha João Azevêdo (Cidadania) de natural candidato à reeleição, 2022 começou com fartura na ágora eleitoral paraibana.
A oposição, que se viu sem candidato depois da desistência de Romero Rodrigues (PSD), agora se refestela com tantos nomes pela estrada afora.
Pedro Cunha Lima (PSDB), candidato quase por questão de honra do PSDB, é quem tem mais liga com o tradicional eleitor oposicionista. A começar pelo tempo que faz contraponto à gestão.
Mas, não está só na parada.
Ferrenho anti-João, o radialista Nilvan Ferreira (PTB) botou o nome na praça e se embrenha pelos grotões do interior pedindo votos. Se apresenta como candidato ao governo, mas não desencoraja simpatizante com seu nome para deputado federal.
A vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) saiu à francesa do governo. Bem ao estilo da família, sem quebrar os copos e sem jogar a bandeja ao alto, testa nova candidatura ao Palácio.
A estratégia é híbrida: dialoga com a oposição à esquerda, onde tem chances reais de ter espaço para ir até o fim, mas não atira – com razão – no companheiro de chapa de 2018. A prioridade da reeleição do deputado Damião Feliciano (PDT) pesará no desfecho.
O senador Veneziano Vital (MDB) joga no suspense. Se pronuncia pouco e prefere fazer com que gestos falem por ele. Atua em duas frentes: para dentro mantém a porta da indicação de vice aberta com o governo e para fora se mobiliza como candidato. Um movimento que tem prazo de validade.
Para uma partida que só tinha um jogador com cartas na manga, e com risco iminente de bater a parada por W.O, a mesa de 2022 começou cheia. Uns jogando e outros blefando. É do jogo.