(Edição: de Jozivan Antero – Polêmica Patos, com informações da ASCOM, seguido de comentário nosso)
Um verdadeiro mutirão começou a acontecer na noite desta quarta-feira, dia 26, no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos. Funcionários de vários setores estão redirecionando leitos para serem utilizados por pacientes com coronavírus.
A ação emergencial foi necessária em função da unidade ter atingido 100% de ocupação nos leitos de UTI e Enfermaria Covid. Com essa readequação de leitos, o Complexo dobra sua capacidade de atendimento na Unidade de Terapia Intensiva, saltando de cinco leitos de UTI Covid para 10 leitos, e de 19 leitos de Enfermaria para 31.
O anúncio da ampliação acontece no dia em que, novamente, a UTI Covid atingiu sua capacidade máxima de ocupação com pacientes graves e também aconteceu a lotação dos leitos de enfermaria. “Não estamos medindo esforços para ampliar os leitos de paciente com Covid e esse remanejamento de espaços está dentro deste contexto que representa o esforço e empenho da rede estadual de saúde na assistência aos pacientes com coronavírus”, afirma o diretor geral do Complexo, Francisco Guedes.
Ainda segundo Francisco, os leitos Covid tinham sido redirecionados para atender pacientes com outras enfermidades no final do ano passado com a acentuada queda do número de doentes, mas diante do atual cenário de aumento de casos de coronavírus, os leitos voltarão a ser utilizados por esses pacientes.
O diretor do Complexo, reforça a gravidade da situação de aumento dos casos graves da doença, principalmente, de pacientes que não foram vacinados ou não completaram o esquema vacinal. “Já identificamos que a maioria dos pacientes com quadros graves são aqueles que ou não tomaram a vacina ou não completaram o esquema vacinal, numa demonstração inequívoca da importância da vacina para evitar o agravamento dos quadros da doença e o aumento de internações em hospitais”, afirmou o diretor.
Ainda de acordo com Francisco, mesmo com a lotação dos leitos de Covid em Patos, os pacientes continuaram sendo assistidos pela rede estadual de saúde. “Nós temos uma atuação em rede que possibilita que quando uma unidade lota, outra receba o paciente, mas, mesmo assim, a rede tem limites também, então, na atual conjuntura a população também precisa fazer sua parte e ajudar no que lhes compete para evitar ampliar a disseminação da doença”, reitera ele.
Francisco lembrou medidas preventivas simples: “Lavar as mãos, usar máscaras e evitar aglomerações são basicamente as ações que as pessoas precisam seguir neste momento de nova onda da doença”.
Nossa opinião
A reabertura de novos leitos de enfermaria e UTI já vinha sendo prenunciada e a incidência de casos graves em pacientes não vacinados ou com vacinação incompleta já vinha sendo registrada em todo o país. E há uma informação muito mais preocupante. Oitenta por cento das mortes são de pessoas que ou não se vacinaram ou não completaram a vacina, embora haja casos de pessoas com a vacinação completa, já que nenhuma vacina garante imunização total e a existência ou surgimento de comorbidades terminam por agravar a COVID e levar à morte. E ao mesmo tempo, nunca é tarde para insistir. Além da vacina, há que atender todas as recomendações sanitárias recomendadas desde o início: máscaras, isolamento social, limpeza pessoal, entre outras. (LGLM)