(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado)
Os comerciantes de carne da cidade de Patos estão revoltados com a interdição do Matadouro Ataíde Bento de Lucena, de Patos. Com essa interdição se abre uma brecha para entrada em Patos de carne de mamíferos abatidos em matadouros clandestinos com o evidente risco para a saúde da população, pela falta de inspeção dos animais abatidos e pelo risco de serem abatidos animais portadores de doenças que tornem a sua carne imprópria para consumo humano.
Uma alternativa para isso seria abater os animais em matadouros devidamente habilitados para isso, o que implicará em mais despesas, como o transporte dos animais para outras cidades e a vinda do produto para Patos, para os comerciantes de carne tornando o preço mais alto, dificultando a concorrência com os frigoríficos que vendem produtos congelados vindos de outras cidades.
Tudo isso representa prejuízo tanto para os comerciantes como para a população que prefere consumir, no caso da carne bovina, o produto oriundo do boi do pasto.
Por outro lado, a displicência da administração municipal em não atender as recomendações do Ministério Público com relação às condições de funcionamento do Matadouro de Patos, parece confirmar aquelas suspeitas de que a administração municipal e, mais diretamente a administração do Matadouro, visariam criar melhores condições de venda para os frigorificos que vendem produto congelado vindo de fora e dificultar a vida dos marchantes e dos empresários de pequenos frigoríficos.
Vamos ouvir a seguir a mensagem que recebemos do marchante Mamulengo, uma das lideranças da categoria, denunciando a situação criada pela negligência da administração municipal: