Desde de 2020, os trabalhadores que prestam serviços de forma terceirizada através da Empresa Saile, que é contratada pela Secretaria de Educação do Estado da Paraíba, estão reclamando de desrespeito da legislação trabalhista. As reclamações são de atrasos constantes nos salários que deveriam ser pagos até o 5º dia útil do início do mês.
Nesta terça-feira, dia 12, um trabalhador, que pediu para não ser identificado, disse que é humilhante ter que pedir para pagar pelo serviço prestado a cada mês. “Estamos no dia 12 de abril e até agora ainda aguardamos o salário e a cesta básica. Todo mês é uma peleja e essa humilhação. A gente tem até medo de cobrar pelo que é direito, pois se trabalhamos, queremos receber o salário”, relatou.
Os trabalhadores prestam serviços de auxiliar de serviços gerais e outras funções designadas pela Sailie nas escolas. Há vários meses, a reclamação de atraso no pagamento do salário é constante. Os trabalhadores também se queixam da falta de fiscalização por parte do Ministério do Trabalho, que vem sendo sucateado pelo Governo Federal e está sem fiscais em Patos.
A reportagem fez contato com a gerente da 6ª Gerência Regional de Educação (6ª GRE), Genilúcia Medeiros. A gerente disse que havia feito contato com a empresa Saile e esta havia se comprometido de fazer o pagamento dos salários nesta segunda-feira, dia 11, mas não foi feito.
Nossa opinião
Uma desculpa muito usada pelas empresas terceirizadas é a de que estão recebendo atrasado dos seus contratantes. Desculpa sem nenhum valor legal, pois “quem não pode com o pote, não deve pegar na rodilha”. A empresa que terceiriza os serviços dos seus empregados tem que ter capacidade financeira para pagar os salários dos seus colaboradores e pode ser multada pelos atrasos, independentemente de qualquer desculpa. Espero que o Governo do Estado não esteja fornecendo à empresa esta desculpa esfarrapada o que deveria ser apurado e denunciado. Seria interessante que se divulgasse o nome da empresa e o seu CNPJ, necessário para se fazer uma denúncia ao Ministério do Trabalho.(LGLM)