Matadouro só deve ser reaberto depois de atendidas as exigências do Ministério Público

By | 19/04/2022 4:56 pm

(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, divulgado no Notícias da Manhã)

Depois que a Justiça determinou a interdição do Matadouro Público de Patos, por solicitação do Ministério Público Estadual, está todo mundo chiando com as consequências da interdição e a administração municipal recorrendo da decisão judicial na tentativa de reabrir o matadouro.

Mas o problema não é de hoje. Vem de administrações anteriores, mas a atual administração sabia do problema e nestes quinze meses da gestão Nabor Wanderley não tomara nenhuma providência, obrigando a Justiça a determinar a interdição do matadouro.

Por trás da inércia desta e de administrações anteriores estão interesses escusos de pessoas a que não interessava o bom funcionamento daquele equipamento.

Para que os senhores entendam o que existe por trás do problema, uma informação que vinha sendo divulgada pela imprensa, com base em denúncias dos marchantes e pequenos comerciantes de carne bovina, principalmente o recentemente falecido marchante Mamulengo.

Enquanto os pequenos comerciantes e marchantes comercializam a carne oriunda do gado criado na região, o que beneficia os criadores de Patos e entorno, há grande comerciantes e frigoríficos que comercializam a carne congelada que vem de outros Estados. E por virem de fora, estas carnes são vendidas por preço maior do que as carnes do gado abatido na região.

Por isso não interessa a estes grandes comerciantes um bom funcionamento do Matadouro. E como estes têm influência sobre a administração do Matadouro, desde a administração de Chica Motta, sabotam toda iniciativa para o bom funcionamento do Matadouro, inclusive com medidas para dificultar a vida dos marchantes e a qualidade do gado que abatem, o que vem sendo denunciado pela imprensa há muito tempo.

Agora, com a interdição está todo mundo reclamando do risco de estarmos consumindo carne de gado abatido clandestinamente, de preços elevados pelos custos de abate em outras cidades e pela falta de fiscalização sanitária das carnes abatidas fora de Patos.

Agora não adianta chorar. A única solução é a administração municipal agilizar os trabalhos para atender as exigências do Ministério Público e na retomada do funcionamento do Matadouro, tomar providências para o bom funcionamento daquele equipamento, estimulando os pequenos produtores da região, os marchantes e os pequenos comerciantes.

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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