Conheçam os 4 vereadores que votam contra o aumento salarial do prefeito de Patos, vice-prefeito e secretários (com comentário)

By | 02/06/2022 11:04 am

(Blog do Jordan Bezerra, 01/06/2022, seguido de comentário nosso)

Conheçam os 4 vereadores que votam contra o aumento salarial do prefeito de Patos, vice-prefeito e secretários

 

A polêmica do projeto de lei apresentado pela mesa diretora da Câmara Municipal de Patos que propõe o aumento salarial de prefeito, vice, secretários e adjuntos tem repercutido e dividido o posicionamento dos vereadores da casa. Quatro parlamentares se posicionaram contra a proposta, são eles: o sargento Patrian, Josmá Oliveira, Zé Gonçalves e Jamerson Ferreira.

O sargento Patrian em entrevista ao Blog do Jordan Bezerra se posicionou contra a proposta, que para ele é absurda, devido à crise que a população vem enfrentando. “Eu sou contra desde o início da leitura da primeira palavra. É um absurdo, a gente saindo de uma pandemia. Uma crise financeira gigantes no município e prefeito, vice prefeito receber aumento. Tem secretário na gestão que a gente tem que pagar para ele trabalhar. Sabemos que vai ser aprovado porque tem a maioria na Câmara. Enquanto isso, um pai de família passa o dia no sol para ganhar 1.200 reais e olhe lá. A Câmara, juntamente com a mesa diretora, deu uma tapa na cara do povo patoense”, afirmou ele. O sargento declarou que esse fato serve como alerta para a população no momento de escolha de seus representantes políticos.

Já o vereador Jamerson Ferreira defendeu que o ideal seria destinar esse recursos para a infraestrutura municipal. Destacou que o salário do prefeito terá um aumento de sete mil reais, além de aumentos insustentáveis para o vice, secretários e adjuntos. “Peço a população patoense que preste atenção como vota cada um parlamentar em relação a esse aumento absurdo, que a sociedade fiscalize seu vereador. Toda câmara é fruto do voto popular. A legislatura passada foi reprovada nas urnas, já esta atual vem tendo comportamentos e votações totalmente avessas aos anseios da sociedade em vários aspectos”, destacou o parlamentar.

Josmá Oliveira lamentou o projeto e destacou os valores absurdos estipulados no aumento. Segundo ele, os valores são um “tapa na cara dos patoense”. Tranquilizou seus eleitores, deixando claro que é contra esse projeto. “Os meus eleitores podem ficar sossegados, porque eles já sabem a minha posição. Eu sou totalmente contra, pois não fui eleito para isso. Eu respeito muito cada voto que recebi. Isso é consequência, pessoal, das escolhas dos cidadãos. As pessoas votam errado, sem compromisso, outras vendem o voto, trocam por saco de cimento e as consequências são essas. Nós nos posicionamos contrários, faço minha parte, e se eu for para reeleição talvez nem seja reeleito. Mas é muito difícil praticar a nova política”, externou ele.

Zé Gonçalves também manifestou-se contra o aumento, e destacou que há sete anos os servidores do município não recebem aumento algum. Destacou que essa é uma contradição enorme apresentada pelo projeto, que fere os direitos populares. “Se o Executivo e o Legislativo mandassem junto também o projeto de Revisão Salarial para todos os servidores e servidoras desta Casa e do Executivo, a discussão seria razoável, mas é uma grande contradição porque aumentam o salário de quem já ganha bem e deixam de melhorar o salário de quem recebe salário de fome”, inferiu o vereador.

Com tudo isso, o advogado Ramon Henrique manifestou-se e, em entrevista à Rádio Espinharas de Patos, afirmou que o projeto fere a Constituição e demais leis fiscais, e portanto não pode ser decidido de imediato pela Câmara Municipal de Patos. Segundo ele, a votação não segue à risca os pontos necessários exigidos pela justiça. “A Constituição Federal só permite o aumento desses subsídios que foram votados na legislatura anterior. A Lei de Responsabilidade Fiscal, determina que esses projetos sejam votados até os últimos 180 dias para o termino dos mandados, e a Lei Orgânica do Município só permite a votação desses projetos no primeiro período do último ano de cada legislatura”, alegou o advogado.

Nossa opinião

Não temos aí  nenhuma. Os demais obram como o prefeito manda. São mero lagartixas, como chamou Misael  Nóbrega esta cidade. Na sua subserviência não ligam nem para o fato de o projeto ser inconstitucional. O projeto tinha que ser aprovado no primeiro semestre de 2020 e não agora. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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