Ao discursar, disse que o Palácio do Planalto, a sala onde o marido preside o país foi “consagrada aos demônios”. Agora, segundo ela, é de Jesus.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, fez um discurso em um culto dos 50 anos do ministério do pastor Márcio Valadão, na Igreja Batista da Lagoinha, na Região Nordeste de Belo Horizonte, neste domingo, que parecia inacreditável. Mas era verdade.
Ao discursar, disse que o Palácio do Planalto, a sala onde o marido preside o país foi “consagrada aos demônios”. Agora, segundo ela, é de Jesus.
Essa pregação do bem contra o mal na política é uma falácia. Só tem em novela e filmes. Aliás, usar a fé para justificar atos políticos nunca foi saudável, mesmo antes de Cristo. Milhares de anos mostraram que é só uma justificativa para afagar atos muito humanos de ódio e desespero.
Vou continuar orando e intercedendo em todos os lugares, e sabe por que, irmãos? Porque por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar foi um lugar consagrado a demônios. Cozinha consagrada a demônios, Planalto consagrado a demônios, e hoje consagrado ao senhor Jesus. Ali, eu sempre falo e falo para ele, quando eu entro na sala dele e olho para ele: essa cadeira é do presidente maior, é do rei que governa essa nação”.
Não há problemas em exercer a sua fé. Crer no que quiser. Orar pelo que quiser e como quiser. Mas daí querer misturar com a ação política, de homem público e político, é só enganação. A fragilidade de muitos, seja ela social, política e religiosa, mexe com os corações e mentes. Michelle se convence e vai convencer alguns.
“Um momento muito bom saber que a nossa esperança está em Jesus, não tem sido fácil é uma guerra do bem contra o mal mas nós vamos vencer. A nossa nação é rica e próspera, só foi mal administrada, mas o senhor viu graças em nós, não queremos projeto de poder, pagamos às vezes com a própria vida como tentaram matar o meu marido”, disse, quase que em desespero. Sob lágrimas do marido ungido.
Não é questão de fé religiosa. É fanatismo político sendo encoberto com o nome de Jesus.
Será que o BEM é a pandemia que Bolsonaro alimentou, receitando remédios inúteis e atrasando a compra de vacinas?