Pesquisa Genial/Quaest: Lula tem 54% entre os que recebem Auxílio Brasil

By | 31/08/2022 6:50 am

A opinião dos entrevistados sobre o benefício, uma das principais bandeiras da campanha de Bolsonaro, mostra, em geral, índices desfavoráveis ao presidente em comparação com a pesquisa anterior, do dia 17 de agosto

 

(Levy Teles., no Estadão, 31/08/2022)

Uma semana depois do pagamento da primeira parcela do novo Auxílio Brasil, no valor de R$ 600 neste mês, a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) não apresentou mudanças significativas. É o que diz nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 31: 54% dos entrevistados neste recorte indicaram voto no petista, ante os 25% que pretendem votar no chefe do Executivo.

A pesquisa Genial/Quaest entrevistou dois mil eleitores presencialmente entre os dias 25 e 28 de agosto. A margem de erro prevista é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O registro do levantamento na Justiça Eleitoral é BR-00585/2022.

A atual pesquisa é a primeira em que a porcentagem de pessoas que consideram Bolsonaro como principal responsável do Auxílio Brasil cai.
A atual pesquisa é a primeira em que a porcentagem de pessoas que consideram Bolsonaro como principal responsável do Auxílio Brasil cai. Foto: Wilton Júnior/Estadão

A opinião dos entrevistados sobre o benefício, uma das principais bandeiras da campanha de Bolsonaro, mostra, em geral, índices desfavoráveis ao presidente em comparação com a pesquisa anterior, do dia 17 de agosto.

O levantamento passou a fazer mais perguntas sobre a mudança no benefício. Uma delas, é se, sabendo do Auxílio Brasil, as chances de votar em Bolsonaro crescem, diminuem ou não mudam. Os indiferentes lideram, com 41%, ante 44% da pesquisa anterior. Para 35% as chances diminuem – o número anterior era de 28%. Para quem acredita que as chances aumentam, o número oscilou dois pontos porcentuais para baixo e agora atinge 22%. Entre os entrevistados, 3% não sabem ou não responderam.

A porcentagem dos que dizem que já sabiam que o benefício volta a ser de R$ 400 a partir do ano que vem apareceu sete pontos acima, na comparação com a pesquisa anterior, e agora são 66%. Dos entrevistados, 33% disseram estar sabendo disso no momento da pesquisa. O número entre esse público era de 41%.

Todos os grupos de renda familiar apresentaram crescimento no conhecimento da informação. O número mais expressivo é entre quem recebe de dois até cinco salários mínimos (65%), 10% acima.

Tanto Lula como figuras ligadas à campanha, em especial o deputado federal André Janones (Avante-MG), mobilizaram campanha para falar sobre a duração do benefício até dezembro deste ano. Uma das promessas feitas pelo petista é manter o atual valor num novo programa de transparência de renda.

A atual pesquisa é a primeira em que a porcentagem de pessoas que consideram Bolsonaro como principal responsável do Auxílio Brasil cai.

O candidato á reeleição apresentou ligeiro crescimento em todos os levantamentos desde julho do ano passado, quando tinha 27%, para alcançar o maior patamar, em 17 de agosto, 58%. Dessa vez, o chefe do Executivo perdeu sete pontos porcentuais, e tem 51%. O Congresso saiu do ponto mais baixo, de 9% para os 16%.

Entre quem recebe o Auxílio Brasil, 57% dizem que a capacidade de pagar as contas nos últimos três meses piorou. O índice é seis pontos maior, em comparação com o número anterior, ainda que o aumento no benefício já tenha sido recebido. Se 82% dizem que o preço da gasolina caiu na cidade em que vivem, 79% dizem que o mesmo não aconteceu para os alimentos.

Avaliação

A avaliação do governo Bolsonaro permanece majoritariamente negativa entre quem recebe o benefício e mantém os mesmos 39% em comparação com as últimas duas pesquisas de agosto.

avaliação positiva oscilou um ponto porcentual para cima em comparação ao levantamento anterior, do dia 17 de agosto, e agora alcança 25%. entre os entrevistados, 31% avaliaram o governo como regular, uma redução de três pontos porcentuais.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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